Brasil e EUA assinam acordo sobre base de Alcântara

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Pacto permite que Estados Unidos utilizem a base para lançar foguetes e satélites. Medida precisa, porém, da aprovação do Congresso. Acordo semelhante firmado em 2000 foi rejeitado na época.

Representantes dos governos do Brasil e dos Estados Unidos assinaram nesta segunda-feira (18/03), em Washington, um acordo de salvaguardas tecnológicas para o uso comercial da base militar de Alcântara, localizada no Maranhão.

Pelo acordo, o Brasil permite que os Estados Unidos utilizem a base para lançar foguetes e satélites. O aluguel do centro para os americanos pode render até 10 milhões de dólares para o país, segundo estima o Ministério da Defesa.

Para entrar em vigor, porém, o pacto precisa ser aprovado pelo Congresso. Negociado há anos, um acordo semelhante assinado durante o governo de Fernando Henrique Cardoso, em 2000, foi barrado pelos parlamentares na época. Então deputado Bolsonaro também foi contra a proposta.

O ministro da Ciência e Tecnologia, Marcos Pontes, destacou que o acordo respeita a soberania brasileira e pactos semelhantes devem ser firmados com outros países.

“É um contrato importante, feito naturalmente agora com os EUA e, provavelmente, com outros países em um futuro próximo, também, que nos permita lançar outros foguetes e outras espaçonaves de outros países”, defendeu Pontes, num vídeo publicado nas redes sociais.

O ministro anunciou também ter se reunido com representantes da SpaceX, de Elon Musk, para negociar lançamentos de satélites da empresa americana em Alcântara.

Além do acordo de salvaguardas tecnológicas, o Brasil e Estados Unidos firmaram ainda uma parceira entre a Nasa e a Agência Espacial Brasileira (AEB) para cooperação em pesquisas climáticas; e assinaram uma carta de intenções entre a Agência para o Desenvolvimento Internacional dos Estados Unidos (Usaid) e o Ministério do Meio Ambiente, visando promover o desenvolvimento sustentável da Amazônia.

O acordo foi assinado no âmbito da primeira visita oficial de Bolsonaro aos Estados Unidos. Nesta terça-feira, ele será recebido na Casa Branca pelo presidente americano, Donald Trump.

Crédito: Deutsche Welle Brasil – disponível na internet 19/03/2019

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