Na avaliação da equipe econômica, o Palácio do Planalto não se preocupou em criar uma blindagem para o ministro na CCJ. “Muitos viram o resultado mais ameno da exposição dele no Senado e acreditaram que tudo seria tranquilo na CCJ. Deu no que deu”, ressalta um dos assessores mais próximos de Guedes.
Segundo esse mesmo assessor, o presidente Jair Bolsonaro precisa chamar o ministro ainda nesta quinta-feira, 4 de abril, para lhe dar apoio público. “Não é possível que essa imagem ruim do ministro se dissemine. O bate-boca na CCJ só é bom para a oposição, que ganhou protagonismo num debate que deveria ser comandado pelo governo”, frisa.
Os técnicos da equipe econômica dizem ainda que não deixarão o ministro abandonado, mas é preciso que o Planalto faça todos os gestos para fortalecer Guedes. “Ele não aceitará se sentir isolado numa guerra, como ele mesmo diz, que é do governo, não dele. O ministro não é de pular fora do barco. Mas é preciso que ele se sinta protegido. E isso cabe ao governo”, afirma um servidor.
A ordem entre os integrantes da equipe econômica é mostrar união e passar confiança de que, apesar de todos os atropelos, a reforma será aprovada.
Crédito: Blog do Vicente/Correio Braziliense – disponível na internet 05/04/2019