Segundo a coordenadora da empresa em Brasília, Marla Teixeira, o objetivo é fugir da prática comum de entrega de kits e manuais a serem ministrados nas aulas e apresentar as bases da robótica para que crianças possam se apropriar dos conhecimentos e fazer suas criações. “As bases são eletrônica, mecânica, programação e sensores. Para crianças de 2 a 6 anos os robôs são instrumentos para passar conteúdos. Já a partir dos 7 anos, quando elas se alfabetizam, ensinamos a montar. O objetivo é criar uma cultura tecnológica.”
Hacker
A professora baiana Karina Menezes fez uma palestra contando a experiência do hackerclub Raul, que funciona em Salvador, um espaço autogestionário, onde os sócios propõe projetos, que são executados quando há aceitação dos participantes. Um dos projetos, coordenado por Karina, é o hacker crianças, voltado para familiarizar os mais novos com inovações.
Startup
Uma área foi montada para abrigar startups, nome dado a pequenas empresas baseadas em tecnologia com negócios inovadores. Uma delas é a Instashop, que se coloca como “Uber das compras de supermercado”. Ao acessar o site, o cliente pode encomendar uma compra, definindo itens e marcas. A companhia se compromete a entregar em até 2 horas.
Recém-criada, a startup já atua em mais de 10 regiões do Distrito Federal e permite a realização de compras em uma rede de supermercados. “Assim como no Uber, fazemos a integração entre quem deseja fazer a compra e um shoper, que executa a encomenda. O cliente pode acompanhar em tempo real por meio do Whatsapp”, disse à Agência Brasil a analista da marketing da empresa, Stephanie Taveira.
Educação
Na Campus Party, outro espaço abriga diversas palestras e atividades reunidas em torno do Fórum Educação do Futuro. A estudante de biologia Caroline Goulart considerou que é o local mais interessante do evento. Ela destacou que alunos e profissionais de todas as áreas precisam estar atentos às mudanças vindas com a transformação digital, como a automação e a adoção de sistemas de inteligência artificial.
“Os empregos no futuro vão ser diferentes e o aprendizado é essencial. As palestras sobre educação 4.0 foram muito interessantes. Temos que nos atualizar para saber como lidar com essas novas tecnologias”, disse a estudante.
Abertura
Os espaços foram disponibilizados gratuitamente na área aberta do evento. Na parte paga, milhares de aficionados por tecnologia participavam de hackatons (maratonas de programação), de jornadas para desenvolvimento de soluções, de palestras e de disputas em jogos eletrônicos online.
O analista de sistemas Iuri Vilanova, que também estava acompanhando as atividades da Campus Party, elogiou o fato de diversas atividades terem sido abertas ao público. “É muito importante ver essa participação grande, as pessoas preocupadas em conhecer as inovações e os desenvolvedores em trazer essas soluções para a realidade”, comentou.
Agência Brasil de Notícias 22/06/2019