Gastos com viagens internacionais de funcionários do órgão são os mais altos dos últimos cinco anos
Os cortes de orçamento feitos pelo governo pressionaram boa parte das atividades do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro), mas estão longe de atingir o órgão responsável por certificar a qualidade de bens de consumo da população quando o assunto é viagens de servidores para o Exterior.
Levantamento feito pelo Estado pelo Portal da Transparência mostra que os gastos com viagens internacionais feitas por funcionários do Inmetro são os mais altos dos últimos cinco anos.
De 1 de janeiro a 30 de junho deste ano, foram gastos R$ 590 mil em 57 viagens para destinos estrangeiros, com direito a cinco passagens pelos Estados Unidos, 13 na Argentina e 12 em Paris, entre outros destinos, como Estocolmo, Tóquio e Londres. Em uma única viagem, com passagens por Budapeste e Amsterdã, um servidor gastou mais de R$ 30,5 mil.
No primeiro semestre de 2018, o órgão gastou R$ 562 mil com viagens internacionais, contra R$ 560 mil do ano anterior. Em 2016, os custos foram de R$ 76 mil. Em 2015, ficaram em R$ 56 mil.
Ao Estado, o presidente do Instituto de Pesos e Medidas do Paraná (Ipem-PR), Rubico Camargo, responsável pelas operações do Inmetro no Paraná, afirmou que demitiu 52 funcionários terceirizados no mês passado e que as verbas programadas para o órgão só garantem sua operação até setembro.
A operação regional tem deixado de fazer inspeções básicas, como fiscalização de bombas de combustível, balanças e radares, por falta de recurso. “Tínhamos previsão de receber repasse de R$ 46 milhões do Inmetro neste ano, mas, depois dos cortes, devemos ficar com algo em torno de R$ 30 milhões”, declarou.
Sérgio Ballerini, presidente do Sindicato Nacional dos Servidores do Inmetro, disse que o órgão está pressionado por causa da redução de funcionários. Hoje possui 895 servidores ativos, contra os 1.200 que tinha dez anos atrás. “Muitas pessoas se aposentaram e não foram feitos concursos para reposição.”
O orçamento da União previa, inicialmente, um aporte de R$ 473 milhões para o Sistema Inmetro, dos quais R$ 114 milhões seriam para o Inmetro e R$ 359 milhões para a Rede Brasileira de Metrologia Legal e Qualidade, que representa os órgãos estaduais (Ipem). Após os contingenciamentos aplicados pelo governo em março, de 22%, e em abril, de mais 6%, os valores caíram, respectivamente, para R$ 80 milhões e R$ 263 milhões, totalizando de R$ 343 milhões para todas as operações.
Questionado pela reportagem sobre o volume das viagens internacionais, o Inmetro declarou que todas são “necessárias para que o Brasil participe da definição de padrões de produtos, garantindo a soberania de seus interesses nas relações comerciais de exportações e importações, e manutenção de relações técnicas de grande interesse nas relações com Mercosul, Estados Unidos, União Europeia, Ásia, etc”.
Segundo o Inmetro, cada viagem é publicada no Diário Oficial da União, com justificativa de sua realização e a fonte de recursos que a suporta. “Acompanhamento atento irá apurar que, em média, 35% delas são sem custo para o Instituto, pois são suportados pelos comitês e convênios firmados com mais de 60 países que necessitam de participação de seus membros para consecução de sua missão”, declarou o órgão.
A respeito das dificuldades vividas pelos IPEMs nos Estados, o órgão declarou que “compete a cada um dos integrantes do Sistema Inmetro alocar os recursos disponíveis para atender às respectivas atividades imperativas do órgão, de modo a evitar respectivas descontinuidades, avaliando impactos econômicos e sociais”.
“Ao lado disso, ações de ‘fazer mais com menos’ estão sendo executadas por todos”, informou. O Inmetro admite que “lamentavelmente, a redução no quadro de serviços terceirizados ocorreu tanto no Inmetro quanto nos Ipem, levando à não execução de muitas atividades”. Segundo o instituto, porém, não houve prejuízo em “promover confiança à sociedade sobre a segurança e qualidade de produtos de uso e consumo”.
Crédito: André Borges/O Estado de S. Paulo – disponível na internet 31/07/2019
Ozanan boa tarde,
Espero que esta seja sua opinião como funcionário do Inmetro e não como representante do Asmetro, como fiz nos meus comentários.
Caro Oscar, entendo a preocupação do Trevisan. Como negro, sofri e sofro preconceito todos os dias. Preconceito, além de crime, é deplorável, pois inferioriza, reduz o ser humano a uma situação, pra dizer o mínimo, indigna.
Marcos, como você sabe, já que nos conhecemos por toda sua vida profissional no INMETRO, onde fui inclusive seu tutor, o ASMETRO-SN NÃO COADUNA COM QUALQUER TIPO DE DESRESPEITO, INJÚRIA, DIFAMAÇÃO OU CALÚNIA.
Neste sentido, entendemos que não reproduzir notícias de meios de comunicação reconhecidamente sérios, sem conotação ofensiva e baseada sempre em evidências técnicas e objetivas, sempre com direito de resposta, seria julgar e rotular a parte como hipossuficiente e não merecedora de ocupar cargo ou posição simplesmente por, aí sim, sexismo.
parabenizo a todos os que escreveram os comentários e atento para o alerta do Marcos Trevisan para que não comecemos a incorrer a partir de agora nesta falta gravíssima, que só prejudica e afasta pessoas sérias e comprometidas das discussões tão importantes para nossa instituição.
Prezado Marcos boa noite,
Não consegui identificar comentários sexistas, ofensivos e tão pouco difamantes a pessoas que trabalham no Inmetro, respeito sua posição, mas devemos nos ater que opiniões, mesmo sendo fortes, devemos respeitá- la, pois a época da censura foi há muitos anos atrás.
Até o momento são comentários pertinentes ao que está acontecendo nesta casa, entendo sua posição como diretor substituto, fica difícil de ver as coisas pelo lado que os outros estão vendo. Devemos ir de encontro aos comentários ofensivos, mas até agora os mesmos não foram identificados por mim.
Esta é a minha opinião.
Como servidor, diretor do Inmetro e associado da Asmetro, creio que seria saudável para a imagem desta associação abster-se de publicar comentários, mesmo que de terceiros, ofensivos, sexistas e difamantes, ofendendo a honra das pessoas que trabalham nesta instituição.
A presidente do Inmetro pelo que pesquisei, é uma mulher que não tem condições de gerir a coisa pública, e como pode que, retirar um presidente que é altamente qualificado para colocar uma desqualificada como ela? O Inmetro é uma autarquia altamente técnica!! Essa mulher é administradora.
Oi Inmetro através de seus Ipens possui obviamente, pessoas muito mais, mas muito mais capazes que ela!!!
Azevedo altamente qualificado? Em física pode ser. Em gestão, foi disparado o pior.
Azevedo altamente qualificado? Em física pode ser. Em gestão, foi disparado o pior.
Eu fico pasmo em ver poucos comentários de aposentados que fizeram o nome Inmetro aparecer na mídia e ser reconhecido pelo povo brasileiro, será que não acessam a página do ASMETRO ou estão felizes em ver a situação que se encontra o Inmetro?
Se nem os ativos tem voz ativa, imagina nós aposentados que levamos a culpa do déficit do governo?
Isso é o princípio do fim do Inmetro. Para cumprir suas obrigações o órgão não tem dinheiro, mas para passear mundo afora gasta cada vez mais. Não acredito que esses seminários e outros eventos sejam mais importantes que executar o trabalho obrigatório do órgão. É assim que um órgão público definha e morre. Trabalhei 20 anos no Inmetro e tive orgulho disso. Aposentei-me antes de ter vergonha de trabalhar num órgão a caminho da extinção. Lamento mas a verdade é essa.
O INMETRO não foi riscado do mapa porque os funcionários vestem a camisa e segura o taco. Agora, uma incompetente dessa no comando, acho que não vai sobrar nem cinzas. Tomara que não
Bom dia
Estas informações tem que ser divulgadas nas mídias falada é escrita, o povo tem que saber o que está acontecendo com o Inmetro. Um dos órgãos mais respeitados do País chegar ao cúmulo destas barbaridades, com uma marca reconhecida internacionalmente, que tristeza saber que estão acabando com o Inmetro.
A matéria do Estado de São Paulo deveria acessar o portal transparência novamente para atualizar as suas informações, como o canal gama reproduziu na matéria “Inmetrotur continua com todo gás https://canalgama.com.br/inmetrotur-continua-com-todo-gas/” publicada no dia último dia 25
“Na contramão das orientações do governo Bolsonaro o Inmetro torra dinheiro com viagens internacionais de servidores para congressos, seminários e intercâmbios. No Diário Oficial da União dos dias 24 e 25 mais 8 foram liberadas. Desde que assumiu a presidência do Inmetro Ângela Flores Furtado já liberou mais de R$ 1.010.958,49 (dados da portal transparência) para 145 viagens, enquanto os institutos de pesos e medidas estão sem recursos para executar suas ações de fiscalização em defesa do consumidor em todo o pais.
Outro contrassenso da atual administração da Dama de Ferro é aquisição de 500 pesos papel personalizado gravação e modelagem 3D+ 2Dinterna a laser, no montante de R$ 30.660,00. Em época de contingenciamento e o Inmetro, cancelando empenhos (publicados no DOU) está comprando pesos para papel. No Inmetro atual vale a máxima: Dois Pesos e Duas Medidas”