Saída de Cintra é oportunidade para “correção de rumos”

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SINDICATO DE AUDITORES DA RECEITA: SAÍDA DE CINTRA É OPORTUNIDADE PARA ‘CORREÇÃO DE RUMOS’ De acordo com entidade, momento de turbulência reforça necessidade de gestão técnica.

O Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil (Sindifisco) afirmou em nota que a exoneração do secretário especial da Receita Federal, Marcos Cintra, representa uma “oportunidade para uma correção de rumos na instituição”. Segundo a entidade sindical, a Receita vive um dos momentos de maior turbulência na história. Ela também reforçou a necessidade de uma gestão técnica, objetiva e impessoal.

No comunicado, o Sindifisco ainda declarou que a renovação do quadro de comando da Receita Federal seria “salutar” e considerou que um auditor fiscal à frente do órgão seria um “valioso ativo” para corresponder às expectativas da sociedade.

Em novembro de 2018, o Sindicato criticou, em nota, a indicação de Marcos Cintra para a secretaria especial e ressaltou que a nomeação de Cintra preocupava os auditores fiscais.

Na ocasião, o Sindifisco afirmou que a nomeação de Cintra para o comando deste novo órgão “quebra uma regra adotada desde 2002, quando auditores fiscais passaram a ser indicados pelos titulares da Fazenda para comandar a RFB (Receita Federal do Brasil), além de responderem diretamente ao gabinete do ministro”.

Marcos Cintra foi demitido da Receita Federal na tarde desta quarta-feira, depois de incentivar a criação de um imposto parecido com a antiga CPMF. Em uma rede social, Jair Bolsonaro afirmou que a decisão se deu por “divergências no projeto da reforma tributária”. O presidente também anunciou que a criação desse novo imposto estaria descartada do projeto de reforma tributária que está sendo desenvolvido.

Leia a íntegra da nota:

A exoneração do secretário especial da Receita Federal, Marcos Cintra, nesta quarta (11), representa a oportunidade para uma correção de rumos na instituição, num momento em que esta passa por uma das maiores turbulências de sua história.

Nas principais instituições do Estado, os postos de comando são ocupados por profissionais de carreira oriundos do principal cargo efetivo dos respectivos órgãos. Assim é no Ministério Público, na Advocacia-Geral da União, na Polícia Federal e Itamaraty.

Um auditor fiscal à frente da Receita implica valiosíssimo ativo em termos de representatividade técnica, condução republicana e alinhamento às expectativas da sociedade com relação ao trabalho do órgão, especialmente em momentos críticos como o ora vivenciado. Toda a sociedade brasileira ganha ao ter um fisco federal com gestão técnica, objetiva e impessoal.

O Sindifisco Nacional enxerga como salutar a renovação da alta administração da Receita Federal, como forma de oxigenação dos quadros de comando do órgão, respeitados os valores e missão que regem a instituição.

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