Frente do Serviço Público se reúne com Rodrigo Maia

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Em meio à polarização dos debates sobre a reforma administrativa, parlamentares buscam intermediar diálogo entre governo e servidores.
 

Mobilizada para discutir a reforma administrativa, a Frente Parlamentar Mista em Defesa do Serviço Público se reuniu na tarde de hoje (5) com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ). O grupo apresentou estudo que contrapõe os dados do Banco Mundial – endossando políticas de cortes no funcionalismo público – e se colocou à disposição para que o debate na Casa seja equilibrado.

Segundo o deputado Professor Israel Batista (PV-DF), presidente da Frente, a discussão do tema já parte de um tom persecutório. “Estamos dispostos a encontrar alternativas para a melhoria do serviço público brasileiro, mas não aceitamos que esse debate seja feito com base em mitos e sob o mantra da demonização dos servidores”, afirma.

Maia recebeu em mãos a cartilha “Reforma administrativa: contornos, mitos e alternativas”, material editado pela Frente com uma análise sobre as mudanças anunciadas pelo governo. Na reunião, mostrou-se aberto ao diálogo e chamou a atenção também para a chegada, no Congresso, de outras propostas relacionadas aos servidores públicos.

As discussões do grupo de parlamentares prometem incluir a PEC da Emergência Fiscal, que prevê redução da jornada de trabalho e de salários em situações de aperto fiscal.

Crédito: Vera Batista/Correio Braziliense – disponível na internet 06/11/2019


FRENTE PARLAMENTAR EM DEFESA DO SERVIÇO PÚBLICO SE REÚNE COM RODRIGO MAIA

Questionado sobre a quebra de estabilidade apenas para os novos servidores – haja vista que a estabilidade é uma prerrogativa do cargo e não haveria diferença entre atuais e futuros servidores –, Maia disse que o tema demanda mais estudo.

Membros da Frente Parlamentar Mista em Defesa do Serviço Público conversaram com Rodrigo Maia, presidente da Câmara dos Deputados, na tarde desta terça-feira (5).

A reunião ficou marcada pela apresentação do recém lançado estudo “Reforma Administrativa do Governo Federal: contornos, mitos e alternativas”.

O deputado federal Professor Israel Batista (PV/DF) conduziu o diálogo na condição de presidente da Frente, acompanhado do presidente do Fonacate e do Unacon Sindical, Rudinei Marques; Pedro Coelho e Rivana Ricarte, presidente e vice da Anadep; e do deputado federal Paulinho da Força (Solidariedade/SP).

A reunião teve como objetivo demonstrar o interesse do Fonacate e da Frente Parlamentar Mista em Defesa do Serviço Público em dialogar com o governo. “O serviço público conta com um quadro formado por mestres e doutores em diferentes áreas. Esperamos contribuir para o aprimoramento do serviço público a partir da produção de estudos e relatórios técnicos”, destacou Marques citando, como exemplo, o estudo organizado pelo mestre em Economia, Bráulio Cerqueira, e pelo doutor em Desenvolvimento (com especialização em Economia Social e do Trabalho), José Celso Cardoso, entregue nas mãos de Rodrigo Maia.

Para o presidente da Frente, deputado Professor Israel, é preciso buscar equilíbrio no debate sobre a reforma para combater a desinformação. “Queremos que a narrativa justa e correta prevaleça. Não podemos aceitar uma discussão que, antes de tudo, demonize o serviço público”, pontuou.

No entanto, Maia disse que, pelo pequeno impacto fiscal, a reforma administrativa não deve tramitar com tanta celeridade na Câmara. “Ele falou que devemos nos preocupar mais com as Propostas de Emenda à Constituição (PECs) do Senado, sobretudo com a que trata da redução de salário dos servidores com diminuição da jornada de trabalho”, relatou Marques. A economia estimada com a reforma administrativa é de R$ 15 bilhões.

Parte do pacote de propostas elaboradas pela equipe econômica do governo para reformar o Estado brasileiro foi entregue ao presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), na manhã desta terça, 5 (saiba mais aqui).

ESTABILIDADE

Questionado sobre a quebra de estabilidade apenas para os novos servidores – haja vista que a estabilidade é uma prerrogativa do cargo e não haveria diferença entre atuais e futuros servidores –, Maia disse que o tema demanda mais estudo. “Ele também falou que conta com a nossa expertise para contribuir com o debate”, relatou Marques.

FONACATE com informações da Ascom/UNACON SINDICAL

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