“O juiz não lê”: advogado escreve receita de pamonha em petição.

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O homem não quis ser identificado mas, segundo o documento, tomou a atitude para exigir mais respeito à categoria.
 
Com intuito de mostrar que os juízes não leem as jurisprudências, um advogado resolveu escrever uma receita de pamonha em uma de suas petições. E não é que passou batido? O magistrado não percebeu que, em uma das páginas, constava o modo de preparo do prato brasileiro. 

“Nossas petições nunca são lidas com a atenção necessária. A maior prova disso será demonstrada agora, pois se somos tratados como pamonhas, nada mais justo do que trazer aos autos a receita desta tão famosa iguaria. Rale as espigas ou corte-as rente ao sabugo e passe no liquidificador”, diz um trecho da petição.

O advogado não quis ser identificado. No documento, ele ainda diz que espera “não ser punido” pelo ato.

 

“Senhores julgadores, espero que entendam o que faço nestas pequenas linhas, e que não seja punido por tal ato de rebeldia, mas há tempos os advogados vêm sendo desrespeitados pelos magistrados, que sequer se dão ao trabalho de analisar os pleitos que apresentamos. Nossas petições nunca são lidas com a atenção necessária”, começou.

Veja a íntegra da petição (ou da receita, como preferir):

“Rale as espigas ou corte-as rente ao sabugo e passe no liquidificador, juntamente com a água, acrescente o coco, o açúcar e mexa bem, coloque a massa na palha de milho e amarre bem, em uma panela grande ferva bem a água, e vá colocando as pamonhas uma a uma após a fervura completa da água, Importante a água deve estar realmente fervendo para receber as pamonhas, caso contrário elas vão se desfazer. Cozinhe por mais ou menos 40 minutos, retirando as pamonhas com o auxílio de uma escumadeira.” 

Crédito: Thayna Schuque/ Metropoles – disponível na internet 28/01/2020

1 Comentário

  1. Infelizmente passei por isso por três vezes pelo menos. A irresponsabilidade jurídica é prática cotidiana, revelando um mundo judicial totalmente diferente do que esses doutores aprendem nas mais renomadas faculdades. Num dos casos por exemplo, a juíza simplesmente ignorou o depoimento contraditório de agentes policiais, e pra preservar sua realeza emitiu duas Sentenças totalmente contrárias uma a outra. Estava eu respondendo ao crime de desacato o que motivou inclusive uma prisão, e a juíza mudou o crime pra desobediência, sendo assim feito uma prisão irregular. É óbvio que os elementos comprobatórios também não existiam nem pra desacato, nem mesmo pra desobediência, e por isso o caso foi arquivado sem julgamento do mérito. Ninguém foi punido, somente eu fui preso ilegalmente e o defensor público simplesmente não quis prosseguir, dizendo que era melhor isso, o arquivo. Logo eu, que li o magistral livro de Hans Kelsen intitulado A TEORIA PURA DO DIREITO, onde tudo que houve comigo, num tribunal foi totalmente desfeito. Não existe direito num tribunal, e isso eu presenciei pessoalmente. É um jogo marcado, onde o réu está sempre errado, o juiz pode interpretar a sua maneira, os advogados de defesa e acusação são os contadores de verdades mentirosas, com o único propósito de vencer, mas o direito é esquecido. Dane-se devem pensar. Estamos cheio de processos. Então acontece isso, uma receita de pamonha mostra a face oculta da nossa justiça injusta. Eu vou escrever isso e publicar com cada nome, revelando suas posturas pra cada cidadão entender que se você precisar de uma intervenção jurídica se prepare, pois mesmo estando certo poderá ser incriminado com duas Sentenças e várias contradições. Nem quero mais nada desses processos pois cansei. Somente esse demorou 8 anos pra ser arquivado sem mérito nenhum. Um horripilante show. E depois disso, ainda vejo vários erros grotescos acontecendo. Ah esqueci até a Corregedoria e o CNJ participaram. Eu usei todos os recursos pra me defender de um Ministério Público que me caçou sem se preocupar em fazer Direito. Lamentável.

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