O presidente da Capes enfatizou que não concorda com discriminações quanto a áreas de conhecimento, linhas de pesquisa ou convicções dos pesquisadores. “Defendo que o pluralismo de ideias e a discussão em torno de assuntos de interesse científico são fundamentais, pois, assim, será incentivada a criatividade intelectual e o trabalho em equipe”.
Aguiar Neto foi coordenador do curso de engenharia elétrica da na Universidade Federal de Campina Grande e diretor do Centro de Ciências e Tecnologia na mesma instituição. “Na minha trajetória como pesquisador e gestor universitário tenho prezado pelo respeito àqueles que pensam diferente, seja por convicções de ordem pessoal, de cunho científico ou de alinhamento profissional”.
Programas
Conforme o dirigente, a Capes deverá manter “os atuais programas de apoio à pós-graduação, e de formação de professores e fomento à educação básica”. Em sua opinião, “as licenciaturas precisam ser fortalecidas e estimuladas”. Ele promete “estabelecer programas de fomento induzidos”, apoio à inovação da pesquisa aplicada, mas sem negligenciar a pesquisa básica.
Na entrevista, Aguiar Neto não quis adiantar planos de ampliação de recursos para pesquisa e formação docente e nem tratou do pagamento, até o final do prazo contratado, das 200 mil bolsas mantidas pela Capes. Segundo a fundação, estão assegurados para este ano R$ 3,07 bilhões do Orçamento Geral da União. O Ministério da Educação faz gestões junto ao Ministério da Economia para recompor o orçamento no patamar de R$ 3,6 bilhões.
Agência Brasil de Notícias 03/-2/2020