Na semana do carnaval, o presidente Jair Bolsonaro falou em “implodir” o Inmetro. O episódio trouxe luz para a situação de desmonte de mais um órgão público que é fundamental para garantir a retomada do crescimento econômico. O Asmetro-SN, entidade filiada à Condsef/Fenadsef, vem alertando a administração de várias inconsistências nos processos do Inmetro e em nota defende a interrupção do desmonte do órgão. Confira a íntegra.
Em fóruns, assembleias e até um encontro internacional promovidos pelo Asmetro-SN evolvendo servidores, órgãos delegados (IPEM), setores industrial e fabricantes de instrumentos afetos a metrologia legal, o debate contra o desmonte e também contra a privatização do Inmetro ganharam destaque. Na ocasião, foram apresentados os vários modelos de metrologia legal em vigor no mundo, além da visão do setor industrial sobre o tema, contando com a presença de palestrantes de renome internacional.
Órgão essencial
A atuação do Inmetro passa por diversas frentes que inclui assegurar e certificar produtos essenciais nas exportações. Pequenas e médias empresas também se beneficiam, além do agronegócio que hoje é segmento que mais impacta o desempemho do PIB brasileiro. O certificado do Inmetro é garantia de que produtos brasileiros de diversos nichos entrem com competitividade em mercados de economia avançada.
Interromper o desmonte no órgão é urgente. Por isso, a diretoria executiva do Asmetro-SN destaca a importância de estancar esse processo. A entidade espera que a gestão atual esteja comprometida com valores que norteiam a administração pública e a função do Inmetro que é a de servir à sociedade brasileira.
Condsef/Fenadsef 28/02/2020
>> Confira a íntegra da nota da entidade:
O posicionamento oficial do ASMETRO-SN é este:
O ASMETRO-SN, durante toda a gestão da Sra. Angela Flôres Furtado, alertou, incansavelmente, a Administração do Inmetro de várias inconsistências nos processos do Instituto.
Durante o exercício de 2019, o sindicato organizou uma série de Fóruns, assembleias e até um encontro internacional evolvendo servidores, órgãos delegados (IPEM), setores industrial e fabricantes de instrumentos afetos a metrologia legal. No evento, foram apresentados os vários modelos de metrologia legal em vigor no mundo, além da visão do setor industrial sobre o tema, contando com a presença de palestrantes de renome internacional. Na ocasião, houve consenso de que as mudanças sugeridas pela então presidente, não só, não lograriam êxito, como colocariam o país numa posição delicada quanto a: geração de empregos, arrecadação, manutenção da qualidade dos produtos fiscalizados e retomada do crescimento.
Sistematicamente, confrontou-se as decisões e rumos escolhidos pela administração anterior, sobretudo o desmonte e a privatização do Inmetro.
Quanto à qualificação do Presidente Marcos Heleno Guerson de Oliveira Junior, destacam-se experiências com gestão em tecnologia, regulação de mercado, pesquisa científica e administração pública, todas afetas às atribuições legais do INMETRO.
Por outro lado, a ex-presidente mostrou-se, denotadamente, hipoqualificada para exercer a presidência de uma instituição pública da envergadura do INMETRO, considerando-se os atos equivocados praticados ao longo de um ano e quase um mês no cargo, somando -se a isso seu currículo profissional pouco diversificado.
Em face dos acontecimentos, a Diretoria Executiva do ASMETRO-SN manifesta a necessidade urgente de estancar o processo de desmonte do Inmetro, que presta serviço público qualificado, esperando que a gestão atual da Autarquia esteja comprometida com os valores que norteiam a Administração Pública e com o reconhecimento da função estatal do Inmetro a serviço da sociedade brasileira.
Diretoria Executiva
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