Segundo a pesquisadora Daniela Trivella, entre os 2 mil medicamentos analisados na primeira etapa de testes, dois mostraram resultados promissores.
O CNPEM não divulga quais são para evitar automedicação. Porém, de acordo com Daniela, ambas as substâncias têm várias características que podem permitir o uso contra a doença.
“São economicamente acessíveis, bem tolerados em geral, comumente utilizados por pessoas dos mais diversos perfis e, um deles, inclusive, está disponível em formulação pediátrica”, enumerou.
Estão sendo avaliados medicamentos dos mais diversos tipos: analgésicos, anti-hipertensivos, antibióticos, diuréticos entre outros. A pesquisadora explica que os experimentos feitos em laboratório buscam identificar substâncias que inibam a replicação do vírus dentro do corpo. “Passo fundamental para impedir ou reduzir a infecção viral”, enfatiza.
A partir dos resultados obtidos até agora, as duas substâncias que obtiveram bom desempenho continuarão ser testadas em células para novas avaliações. “Acreditamos que em cerca de duas semanas teremos os resultados que devem anteceder os testes clínicos”, acrescenta Daniela. Será feito, então, um relatório que reunirá as informações colhidas em laboratório com aquilo que já se sabe sobre os efeitos desses medicamentos em seres humanos.
Esse documento vai embasar testes clínicos, em pessoas infectadas com o vírus, que podem ser feitos dentro da Rede Vírus, iniciativa do MCTIC que reúne centros de pesquisa que estão procurando formas de combater o coronavírus.
Agência Brasil de Notícias 08/04/2020