Albert Einstein, o maior físico de todos os tempos, adorava velejar

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Histórias do mar: Albert Einstein, o maior físico de todos os tempos, adorava velejar

Nascido em Ulm, na Alemanha, em 1879, Albert Einstein passou a vida estudando para desvendar os segredos do universo, para o qual abriu os olhos do mundo. Ficou famoso pela Teoria Geral da Relatividade e ganhou o prêmio Nobel de Física por suas contribuições à física teórica. 

 Ainda assim, o cientista encontrava tempo para praticar seu esporte favorito: a vela.   

Sim, o gênio da física e da matemática adorava velejar. E navegou a vida toda, especialmente depois que completou 50 anos e seus amigos lhe presentearam um veleiro de 9 metros, que ele chamou de Tümmler — nome que significa toninha em alemão.

Na Alemanha nazista, seu veleiro foi confiscado. Exilado nos EUA, escreveu a um amigo afirmado que era o objeto mais precioso que havia deixado para trás. Enquanto dava aulas na Universidade de Princeton, o gênio alemão comprou outro veleiro: o Tineff, de 16 pés. 

Gilberto Ungaretti Paulistano, formado em Comunicações Sociais e em História, passou 35 de seus 64 anos de vida em redações. Há 21 anos, trabalha em publicações sobre barcos, em especial NÁUTICA, em cuja redação ingressou em 2007, como repórter e editor. Atualmente, é colaborador fixo da revista Náutica. –

Frequentemente, podia ser visto navegando perto da foz do rio Connecticut, em Old Saybrook. Também fez viagens pelos lagos Carnegie e Saranac, perto de Rhode Island.
Perfeccionista, dizia que qualquer pessoa que embarcasse com ele tinha o direito de cometer dois erros no manejo das velas; no terceiro, ele explodiria e ficaria de mau humor.   

Segundo a teoria de Einstein, o homem deve aprender com seus erros e que quem não aprende é um idiota perfeito e, portanto, não podia ser digno de velejar com ele.

Ainda assim, seus amigos diziam que ele vivia encalhando seu barco, por manter o pensamento distante, como forma de relaxar depois de longas jornadas desenvolvendo equações complicadas. Em 1944, enquanto navegava no lago Saranac, seu barco atingiu uma pedra e afundou. Uma corda emaranhou sua perna, e ele ficou preso por baixo da vela, mas conseguiu encontrar o caminho para a superfície sem entrar em pânico e foi salvo por uma lancha que passava ao lado. 

Talvez por isso, ao escrever o livro Before the Wind, o escritor Jim Lynch tenha carregado nas tintas ao descrever o lado velejador do gênio alemão: “Einstein não era um grande marinheiro, provavelmente nem um medíocre.” Além disso, Einstein não sabia nadar, mas se recusava a usar colete salva-vidas.     

Em 1953, sua última mulher, Johanna Fantova, declarou a um jornal que Einstein não estava muito bem de saúde, mas ainda assim não abandonava seu grande prazer: velejar. “Nunca o vejo mais feliz e de melhor humor do que quando está em seu veleiro, apesar de ser um barco incrivelmente primitivo.”

Fonte: https: www.nautica.com.br/historia-do-mar-albert-einstein-velejador-2/

Crédito:  Gilberto Ungaretti/Náutica – disponível na internet 21/04/2020 

1 Comentário

  1. Sobre quem foi o maior cientista de todos os tempos.

    Isaac Asimov (1920-1992), um dos maiores escritores de ficção científica de todos os tempos, que também tinha um doutorado em Bioquímica, pela Universidade de Columbia, era responsável por uma coluna em um jornal onde respondia sobre ciências. Uma vez perguntaram a ele quem foi o maior cientista de todos os tempos e, em resumo, a resposta foi:
    Se a pergunta fosse “Quem foi o segundo maior cientista?” seria impossível responder.

    Há pelo menos uma dúzia de homens que, na minha opinião, poderiam aspirar a esse segundo lugar. Entre eles figurariam, por exemplo, Albert Einstein, Ernest Rutherford, Niels Bohr, Louis Pasteur, Charles Darwin, Galileu Galilei, Clerk Maxwell, Arquimedes e outros.
    Até é muito provável que nem sequer exista isso a que chamamos o segundo maior cientista. As credenciais de tantos e tantos são tão boas e a dificuldade de distinguir níveis de mérito é tão grande, que no final talvez teríamos que declarar um empate entre dez ou doze.

    Mas como a pergunta é “Quem é o maior?”, não há problema algum. Na minha opinião, a maioria dos historiadores da ciência não duvidariam em afirmar que Isaac Newton foi o maior talento científico que o mundo alguma vez teve. Tinha os seus defeitos, como ser um mau conferencista, mas como cientista não havia igual.

    Fundou as matemáticas superiores depois de elaborar o cálculo. Fundou a óptica moderna com as suas experiências de decomposição da luz branca nas cores do espectro. Fundou a física moderna ao estabelecer as leis do movimento e deduzir as suas consequências. Fundou a astronomia moderna estabelecendo a lei da gravitação universal.

    Qualquer uma destas quatro façanhas teria bastado por si só para distingui-lo como cientista de importância capital. As quatro juntas colocam-no em primeiro lugar de modo inquestionável.

    Mas não são só as suas descobertas que é preciso destacar na figura de Newton. Mais importante ainda foi a sua maneira de as apresentar.

    Em 1687 Newton publicou os seus Principia Mathematica, em latim (o maior livro científico alguma vez escrito, segundo a maioria dos cientistas). Ali apresentou as suas leis do movimento, a sua teoria da gravitação e muitas outras coisas, utilizando as matemáticas no estilo estritamente grego e organizando tudo de maneira impecavelmente elegante.

    Quem leu o livro teve de admitir que a final estava-se perante uma mente igual ou superior a qualquer das da Antiguidade e que a visão do mundo que apresentava era formosa, completa e infinitamente superior em racionalidade e inevitabilidade a tudo o que continham os livros gregos.

    Depois da morte de Newton, o Papa Alexandre resumiu tudo em duas linhas:
    “A Natureza e as suas leis permaneciam ocultas na noite. Disse Deus: Seja Newton! E tudo foi luz.”

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