Aposto que você já ouviu falar sobre a Indústria 4.0, também conhecida como a quarta revolução industrial. Mas antes de iniciar este assunto, vamos recapitular e relembrar as outras três revoluções.
A primeira revolução aconteceu no século XVIII e teve como foco a mecanização dos motores a vapor, com foco na indústria têxtil.
A segunda revolução é chamada de elétrica, pois seu foco foi na eletrificação da fábrica, culminando nas fábricas de produção em massa, como por exemplo a linha de montagem de Henry Ford em 1913.
Com mecanização, eletricidade e produções em massa, foi a hora da terceira revolução nascer. Conhecida como a revolução industrial da automação, a tecnologia invade as as indústrias para automatizar tarefas que eram mecânicas e repetitivas, tendo início nos anos 70 e indo até hoje.
Agora, vamos para a quarta revolução industrial, que tem como foco o uso de todo o conjunto de inteligência artificial, robótica, big data e várias outras tecnologias para a melhoria de todos os processos – do escritório ao chão de fábrica.
Pilares da Indústria 4.0
Para ajudar a formular o entendimento do que é a Indústria 4.0, foram criados alguns pilares centrais que norteiam toda as ações:
– Interoperabilidade
Interoperabilidade é a capacidade do sistema de se comunicar de forma transparente com outro sistema, tornando a transmissão da informação mais eficiente. Assim, os dispositivos, máquinas e afins conseguem trabalhar de forma mais integrada.
– Modularidade
Aqui, fala sobre a produção ser por demanda, com processos mais precisos gastando menos recursos. Assim, todo mundo ganha com a geração de economia em vários lados.
– Acompanhamentos e decisões em tempo real
Com o controle da produção e o acesso às diversas informações que vão do administrativo ao chão de fábrica, se torna mais simples tomar decisões baseadas nos dados obtidos. Assim, o processo fica mais assertivo e com menos falhas.
– Descentralização
Com o recebimento de dados e a integração dos sistemas (interoperabilidade), a tomada de decisão fica descentralizada e cada área consegue corrigir os problemas com menos tempo e burocracia.
– Virtualização
Porque não utilizar tecnologias como a realidade virtual e aumentada nos processos da indústria? Essa é a grande questão da virtualização: a utilização de tecnologias que possibilitem a visualização de todo o processo, para que se tenha controle do que está sendo feito e para que as correções aconteçam rapidamente.
– Orientação por serviço
Aqui, o objetivo é simples: é gerar a conexão humana com a robótica na realização de tarefas. Por exemplo, mover uma caixa de uma esteira a outra pode ser feita de forma automatizada, enquanto o fechamento da caixa de forma manual.
A Indústria 4.0 trabalha com nove assuntos principais nas frentes de trabalho:
Big Big Data e Data Analytics: que é a capacidade de coletar, organizar e analisar os dados em informações, para que se possa tomar as decisões de maneira mais estratégica e assertiva.
Robótica: esta frente de trabalho fala sobre a incorporação de robôs na execução de tarefas automáticas, reduzindo erros e otimizando a produção.
Simulação: aqui, o principal é a utilização de simulações computadorizadas nas plantas industriais para aperfeiçoamento.
Integração dos sistemas: para melhor comunicação de todos os sistemas, é importante manter a integração. Assim, as informações conseguem rodar e ser compartilhadas.
Internet das Coisas (IoT): é a conexão entre a rede de objetos físicos, ambientes, veículos, máquinas por meio de dispositivos, que permitem a troca de informações rápida e efetiva.
Cibersegurança: com todas as áreas conectadas, as redes precisam de sistemas de cibersegurança robustos para proteger os sistemas e as informações.
Cloud Computing: com o aumento das tarefas, é preciso estar conectado, e que todos tenham acesso. Portanto, os armazenamentos em nuvem possuem recursos que geram economia e redução de tempo e eficiência.
Manufatura aditiva: também conhecida como impressão em 3D, este pilar engloba a produção de peças modeladas em 3D, podendo ser usada em diversas áreas, das mais complexas as simples.
Realidade aumentada: os recursos deste pilar permitem que montagens sejam feitas de forma remota através da realidade aumentada. São recursos interessantes que podem ser explorados na gestão e operação de várias atividades.
Cenário da Indústria 4.0 no Brasil
Aqui no Brasil o cenário ainda está em evolução. Apesar de termos uma imensidade de recursos, nossa indústria ainda caminha a passos pequenos. Segundo dados da Confederação Nacional da Indústria (CNI), o setor industrial representa cerca de 11% do PIB, ocupando a 69% posição no Índice Global de Inovação, segundo estudo da Universidade Cornell, INSEAD e OMPI (2017). Levantamento da ABDI (Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial) estima que ao migrar para a Indústria 4.0, tenha uma redução de custos industriais de no mínimo R$ 73 bilhões/ano, visto que a indústria brasileira irá ganhar em eficiência, nos custos de manutenção de máquina e consumo de energia.
Como vimos, a Indústria 4.0 é um assunto que além de importante para o crescimento e desenvolvimento do país, pode beneficiar várias pessoas com suas tecnologias. Aqui no Brain, temos um Squad de Indústria 4.0 e estamos em busca de soluções inovadoras e disruptivas que consigam solucionar os problemas existentes. Para saber mais sobre as novas soluções, nos acompanhe nas redes sociais! #GoBrain
Crédito: Inovação Brain – disponível na internet 30/05/2020