Eu aprendi isso há muitos anos, quando fazia parte de um comitê de empresas, que fabricavam produtos derivados de tomate.
Todo ano, tínhamos de nos reunir com o sindicato dos produtores de tomate para discutir o preço a ser pago pela safra seguinte.
Só tinha um problema. Os produtores eram todos japoneses e só conversavam entre eles em japonês. E a gente não entendia bulhufas do que eles falavam.
E lá íamos nós, cinco diretores de cinco empresas, para a reunião. Quem nos levava era um motorista, o Genival.
A gente entrava na reunião e oferecia um preço. E os japoneses pediam o triplo. E começava a discussão. E os japoneses confabulando em japonês. E o Genival ali, sentado perto da porta.
Até que o Genival dizia a nós: “Por 1 real eles fecham o acordo”. É que o Genival falava japonês. E os japoneses não sabiam.
Daí, a gente fechava o acordo. Não sei quanto dinheiro economizamos pelo fato de ter o Genival conosco, mas foi um monte.
Da nossa equipe ali na reunião, o Genival não era nenhum diretor, mas era, de longe, o mais importante.
Será que a empresa onde você trabalha também tem um Genival disposto a oferecer o algo a mais, mas ainda não foi descoberto?
Crédito: Linkedin do Max Gehringer – disponível na internet 17/06/2020