Bastidores da saída de Novaes do BB: cansaço, resistência interna e inquérito

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Três motivos principais culminaram na decisão do economista Rubem Novaes de pedir demissão da presidência do Banco do Brasil.

O primeiro é de ordem pessoal. Com 75 anos, Novaes está cansado da rotina do banco e da distância dos netos, que moram no Rio de Janeiro. 

Ele já teria sinalizado há cerca de um mês ao ministro Paulo Guedes sua intenção de sair. O ministro cogita mantê-lo como assessor especial.

O segundo é a resistência interna que ele enfrentava dentro do banco. Desde 2005, Novaes é o primeiro executivo a assumir o BB que não é egresso dos quadros do próprio banco.

Antes dele, exerceram a função Marcelo Paludo, Alexandre Abreu, Paulo Caffarelli e Aldemir Bendine, todos funcionários de carreira do BB.

O terceiro é o embate que Novaes vem travando com o ministro Bruno Dantas, do Tribunal de Contas da União, que chegou ao ápice nesta sexta-feira (24).

O ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, pediu esclarecimentos ao BB sobre seu investimento em mídia. O pleito foi entregue hoje na sede do banco e corre no âmbito do inquérito das fake news.

O pedido de Moraes é motivado por determinação do TCU, que paralisou o marketing digital do BB, após acusação de que o banco estaria investindo em sites que patrocinam fake News.

A avaliação de Novaes é que a decisão do TCU provoca prejuízo ao BB. O banco vem solicitando a revogação da medida.

Novaes e Dantas se estranham desde que o então presidente do Banco do Brasil disse na reunião ministerial que acabou vindo a público que o TCU é uma “usina de terror”.

Crédito: Raquel Landim, da CNN Brasil – disponível na internet 25/07/2020


A saída de Novaes do BB já movimenta os bastidores para quem vai assumir o cargo

Rubem Novaes nem bem anunciou sua renúncia à Presidência do Banco do Brasil e as disputas pelo cargo já movimentam os bastidores de Brasília. A saída do presidente do banco já era de conhecimento do alto escalão, mas pegou os funcionários de surpresa.

Internamente a saída teve um tom muito mais de comemoração do que de lamento. Rubem sempre foi um defensor da privatização do Banco do Brasil e isso sempre incomodou funcionários de carreira. 

Um nome forte e já comentado internamente é o de Carlos Motta, vice-presidente de varejo do Banco do Brasil. Motta é funcionário de carreira do banco e já foi superintendente na Bahia. 

Entre os atuais vice-presidentes, outro nome que surge é o de Walter Malieni, considerado um dos mais experientes e que, segundo fontes do Banco do Brasil, conhece de fato a instituição. Malieni é visto como um gestor muito técnico e com ótimo trânsito no mundo corporativo.

Carlos Hamilton é outro nome de fora da instituição, mas que já foi vice-presidente em gestões anteriores e voltou recentemente. É bem próximo de Rubem Novaes e da equipe econômica. 

Crédito: Kenzô Machida, da CNN Brasil – disponível na internet 25/07/2020

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