Brandão substitui Rubem Novaes, que entregou sua carta de renúncia na semana passada.
O novo presidente do BB tem um perfil similar ao do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto — tem boa circulação no mercado financeiro. Essa era a principal preocupação da equipe econômica do governo de Jair Bolsonaro (sem partido).
A saída de Novaes
O pedido de renúncia de Novaes dizia que “a companhia precisa de renovação para enfrentar os momentos futuros de muitas inovações no sistema bancário.”
Uma de suas principais missões ao assumir o Banco do Brasil era a privatização total da instituição financeira. Em diversas entrevistas, Novaes afirmou que era a favor da venda, assim como o ministro da Economia, Guedes. Porém, ele admitia que era difícil por ser uma decisão política e que teria de ser aceita pelo presidente Jair Bolsonaro e pelo Congresso.
Em entrevista exclusiva à analista da CNN Raquel Landim no sábado (25), Novaes disse que sua saída se devia a conflitos políticos de Brasília e por acreditar que o banco precisava de um executivo mais afinado com as inovações tecnológicas necessárias para enfrentar a concorrência das fintechs.
“Não me adaptei à cultura de privilégios, compadrio e corrupção de Brasília”, disse Novaes, ressaltando que referia-se ao ambiente da capital federal e não a algum acontecimento específico.
Crédito: Thais Arbex/CNN Brasil – disponível na internet 01/08/2020
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