O governo federal estuda reduzir as alíquotas da contribuição patronal previdenciária. No caso do primeiro emprego com rendimento de um salário mínimo, a ideia é retirar totalmente os 20% que as empresas recolhem da folha de salário para bancar o INSS. No restante das faixas salariais, a intenção é diminuir de 20% para 15% ou 10% o tributo para o INSS.
De acordo com a fonte ouvida pelo site, para que a redução nas outras faixas salariais chegue a 10% é preciso que seja reduzido em 50% os impostos que as empresas pagam para financiar o Sistema S e o salário-educação.
O sistema S engloba organizações, como Sesi, Sesc, Senai e Sebrae, que são entidades corporativas voltadas para o treinamento profissional, assistência social, consultoria, pesquisa e assistência técnica. O salário-educação é um imposto destinado a financiar a educação básica pública.
A reforma tributária de Guedes também deve trazer um tributo sobre movimentações financeiras digitais com alíquota de 0,2%. A expectativa do governo é arrecadar com isso R$ 120 bilhões por ano, dinheiro que serviria para bancar a desoneração na folha e a correção na tabela do Imposto de Renda.
O líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR), afirmou, na semana passada, durante live com investidores, que o objetivo é ampliar a isenção do Imposto de Renda para pessoas físicas dos atuais R$ 1,9 mil para R$ 3 mil.
Guedes já disse que o governo não vai promover uma desoneração sem que haja a criação de um imposto sobre transações. A apresentação do novo tributo com a ampla desoneração seria a alternativa do governo para manter o veto à proposta que prorrogava a desoneração de 17 setores intensivos de mão de obra.