A apresentação das instalações foi feita em transmissão virtual à imprensa, na qual diretores da Mercedes disseram que, apesar da queda superior a 34% do mercado de ônibus neste ano, este é o momento certo de investir em transporte coletivo.
Conforme previsões da companhia, o mercado de coletivos deve reagir em 2021, após fechar este ano na faixa de 12 mil a 13,7 mil unidades licenciadas. A expectativa é de um crescimento de 15% a 20% das vendas da indústria, algo que ainda não permitiria voltar, contudo, aos volumes de 2019.
“Mas é uma informação positiva porque é crescimento. O desempenho vai depender do crédito que será ofertado pelos bancos a esse segmento, mas estamos otimistas”, comentou Walter Barbosa, diretor de vendas e marketing da divisão de ônibus da Mercedes, salientando a perspectiva de retorno gradual dos passageiros de ônibus.
Roberto Leoncini, vice-presidente da Mercedes-Benz, lembrou que, além do impacto na economia e as restrições de circulação no enfrentamento da pandemia, o setor lida com a menor confiança das pessoas em usar veículos de transporte coletivo, dada a preocupação com o risco de contágio.
Em razão da queda de demanda, a fábrica de ônibus da Mercedes funciona hoje em apenas um turno de produção. A nova linha, que recebeu investimentos superiores a R$ 100 milhões, faz parte do ciclo de investimentos iniciado em 20018 e que prevê R$ 2,4 bilhões no Brasil.
A nova plataforma incorpora tecnologias de manufatura de última geração. Ela não muda a capacidade de produção da marca, mas permite maior versatilidade, já que a montadora consegue agora fabricar uma gama maior de coletivos numa única linha.
Crédito: Estadão Conteúdo – disponível na internet 29/09/2020