Em agosto, o governo federal havia anunciado que extinguiria a função de porta-voz em “semanas”. O único ocupante do posto no governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) havia sido Rêgo Barros, ex-chefe do Centro de Comunicação Social do Exército.
Segundo o Planalto, o fim do cargo de porta-voz ocorre “diante de toda a reestruturação da Comunicação do Governo”, citando a criação do Ministério das Comunicações, em junho deste ano.
Atuante no início do mandato de Bolsonaro, Rêgo Barros perdeu espaço quando o presidente passou a falar diariamente no Palácio do Alvorada, se encarregando pessoalmente da divulgação da agenda do governo.
Atuação no Haiti e no complexo do Alemão
Natural do Recife, Rêgo Barros tem 60 anos e ingressou na carreira militar em 1975, como aluno da Escola Preparatória de Cadetes do Exército. Após integrar o governo Bolsonaro, passou para a reserva em 2019.
Em seu discurso, quando passou para a reserva, o general agradeceu pelos 44 anos de serviço militar e lembrou dos “companheiros que ficaram ao longo do caminho”, em especial aqueles que morreram no terremoto no Haiti, em 2010, durante atuação na Missão de Estabilização das Nações Unidas no país.
Entre outras missões como oficial general, antes de integrar o governo Bolsonaro, o militar comandou a força de pacificação nos complexos do Alemão e da Penha, no Rio de Janeiro, e a segurança da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, em 2012.
Rêgo Barros foi, ainda, um dos principais assessores do ex-comandante do Exército, o general Eduardo Villas Bôas.
Crédito: Diego Freire, da CNN Brasil – disponível na internet 07/10/2020