A emenda constitucional do orçamento de guerra desobrigou o governo de cumprir uma série de regras fiscais, incluindo a meta de resultado primário, também permitindo que os gastos extraordinários, como os ligados à concessão do auxílio emergencial, não precisassem obedecer ao teto de gastos.
“Nesse Pacto Federativo (temos que ter) o aprendizado dessa calamidade pública que nós enfrentamos numa emenda onde nós temos que absorver essa experiência para proteger as gerações futuras caso soframos esse impacto, novamente, no futuro”, disse Guedes.
“E a PEC de Guerra é um aprendizado importante que deve ser integrado, também, a esse nosso Pacto Federativo”, acrescentou.
Em fala à imprensa na Câmara dos Deputados, Guedes também teceu uma série de elogios ao presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmando que as diferenças têm sido pequenas e que ambos estão juntos pelas reformas.
“Muita gratidão ao apoio às reformas do presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia. Nossa agenda é convergente, tem sido, inclusive, comum”, disse.
Guedes e Maia protagonizaram embates públicos recentes, mas desde o início desta semana têm buscado demonstrar alinhamento em torno do compromisso com a agenda econômica após sobressaltos no mercado causados por temores quanto ao financiamento de um novo programa de transferência de renda no ano que vem e à manutenção do teto de gastos nesse contexto.
Maia, em sua fala, defendeu que a medida mais importante neste momento é a regulamentação do teto de gastos –cuja manutenção é considerada um ponto nevrálgico na leitura dos agentes econômicos–, frisando que é necessário cortar despesas para que o mecanismo seja respeitado.
Crédito:
Reuters Brasil – disponível na internet 09/10/2020