De acordo com o estudo, dentre as ocupações de nível superior, as maiores diferenças entre salários do setor público e privado se concentram em 3 ocupações:
- advogados;
- outros profissionais do Direito de nível superior;
- especialistas em organização da administração pública e de empresas.
O levantamento aponta que, ao não considerar as carreiras jurídicas na conta, a diferença salarial entre setor público e privado cai de 13% para 4%.
Os números demonstram defasagem nos salários de funcionários da saúde pública. Dentre as ocupações de nível superior, só os médicos recebem menos no setor público (R$ 9.798) do que no privado (R$ 10.976).
Médicos ganham cerca de 50% menos no setor público do que advogados e juristas. No setor privado, a situação se inverte: os médicos têm remuneração 84% superior.
Há também desigualdades dentro da área educacional. Professores do ensino fundamental e médio recebem R$ 2.950, o que corresponde a 30% do salário de 1 professor universitário no setor público, segundo o estudo. No setor privado, a distância entre as remunerações é menor (44%).
A distância salarial entre gêneros também é maior no setor público. Homens recebem 71% a mais nas carreiras de nível superior e 41% mais nas de nível médio que as mulheres. No setor privado, as diferenças são de 50% e 25%, respectivamente.
De acordo com o Atlas do Estado brasileiro, documento divulgado em 2019 pelo Ipea, o salário médio de um servidor no Poder Judiciário no nível federal corresponde a 6 vezes o ganho médio do funcionário de uma prefeitura.
Crédito: Poder 360 – disponível na internet 16/10/2020