A ideia é preparar o terreno para evitar que as pessoas deixem de se vacinar por causa do maior inimigo do coronavírus: a desinformação – que vem sendo alimentada, em parte, pela disputa política entre o presidente Jair Bolsonaro e o governador de São Paulo, João Doria.
A equipe técnica do Ministério da Saúde vem tocando o assunto, apesar de tentativas de interferência do próprio governo e de aliados. Em outubro, o acordo para a compra da Coronavac, a vacina chinesa, foi cancelado. Mas, apesar disso, a pasta sabe que voltará a enfrentar essa discussão, principalmente, se forem confirmadas as expectativas de que a chinesa ficará pronta antes das demais vacinas.
O plano não será sobre a origem da vacina, mas sobre o ato de se vacinar. Dividido em dez eixos, até aqui, o plano conta com um capítulo sobre comunicação.
Dentro dele, está prevista uma campanha para tirar dúvidas, esclarecer por que é importante se vacinar e como ocorre todo processo de vacinação. Se ainda assim, houver quem prefira não se vacinar, técnicos do governo afirmam que a vontade de cada um será respeitada – o que está em discussão no Supremo Tribunal Federal.
O secretário de vigilância em saúde, Arnaldo Medeiros, está à frente do plano. O ministro Eduardo Pazuello participou de algumas reuniões antes de ser diagnosticado com a Covid-19. Ele retoma a agenda de compromissos nesta semana.
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Crédito: Basília Rodrigues,CNN – disponível na internet 02/11/2020