Brainstorming eficiente requer planejamento e ambiente seguro.

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Tire dúvidas sobre o que é a técnica e veja como fazer essa ‘tempestade de ideias’ em equipe; dicas de livros ajudam a avançar
 

Apesar das variadas personalidades e competências dentro de uma equipe, todo mundo tem um potencial criativo a ser explorado. No mercado de trabalho, quando é preciso ter uma nova ideia, solucionar um problema ou criar um projeto diferente, essa capacidade do grupo pode ser acessada em um brainstorming ou, em bom português, em uma tempestade de ideias.

A técnica vem do marketing e do design e é aplicada em todos os segmentos. São várias as ferramentas que contribuem para liberar o fluxo criativo e chegar a boas ideias. O espaço escolhido, os recursos oferecidos – como papéis, canetas e outros objetos -, a música ambiente e a experiência de quem está moderando o processo contribuem bastante para o bom resultado de um brainstorming.

Ou seja, um brainstorming eficiente requer planejamento e atenção aos detalhes. Além de uma atitude sem julgamento perante às ideias dos outros. Todos precisam se sentir seguros para se expressar. Esse ambiente acolhedor vai facilitar em muito o surgimento de ideias mais inovadoras.

Se  você vai ser o moderador da sessão, essa a responsabilidade de deixar os demais confortáveis o suficiente para contribuir com sugestões será sua. Assim como o papel de garantir que todos sejam ouvidos, sem deixar que os mais extrovertidos monopolizem o brainstorming.

● Por ser um processo de criatividade e expressão de ideias, o brainstorming pode ser mais difícil para as pessoas tímidas. Como estimular a participação delas? 

Algumas pessoas têm um lado mais voltado para a criatividade e mais facilidade para produzir ideias. E há outras que são normalmente mais retraídas. O brainstorming requer pelo menos um moderador, alguém que tenha um pouco mais de experiência e consiga identificar cada perfil e estimular positivamente os mais tímidos. É esse moderador que vai controlar os mais afoitos e convidar os mais retraídos à participação. Às vezes, a própria pessoa que está dominando a conversa não percebe que entrou em uma espiral de ideias. Nessas horas, o moderador pode falar algo como: “Que ótimo, muito bom, agora vou pedir a palavra do nosso outro colega para ver o que ele acha disso tudo”. Vale lembrar que, para as pessoas mais tímidas, ter um ambiente correto em um brainstorming é ainda mais importante. Só assim todos vão se sentir mais à vontade para falar.

● Que elementos ajudam a externar a criatividade?

O processo criativo é, em sua essência, muito intuitivo. É difícil racionalizá-lo e estabelecer muitas regras. O ambiente propício para isso é o que permite que as pessoas sejam livres para colocar as ideias no papel ou, agora que fazemos muita coisa online, em um aplicativo ou um ambiente que proporcione essa leveza no momento de criação. Ter as ferramentas certas também conta muito. Vale usar post-its, folhas de sulfite maiores, canetinhas, lápis. Alguns processos incluem até peças de Lego. Em um brainstorming online, o Word pode ser usado se vamos fazer uma história um pouco maior. Outros casos, que incluam desenho, por exemplo, vão exigir plataformas diferentes. Se alguém no grupo estiver fazendo desenhos muito espetaculares e com isso inibindo o restante da equipe, por exemplo, é possível passar para uma ferramenta mais simples, que permita que cada um exponha suas ideias do jeito que conseguir. A energia das pessoas deve estar focada em produzir ideias – e não no resto.

● Em uma ‘tempestade’ é fácil supor que vão surgir ideias boas e ruins. Quando surgem sugestões não tão adequadas, o que fazer?

Tem uma regra que é muito importante em qualquer tipo de brainstorming: não pode haver nenhum tipo de julgamento no momento inicial. Tudo bem se as ideias não forem muito estruturadas ou muito viáveis. É em um  segundo momento que a gente vai lapidar a sugestão, estruturar, detalhar e organizar. Uma boa dica é: em vez de você ouvir a ideia da pessoa e falar “mas” ou “não”, use o “sim” e o “e”. E complemente a ideia. Assim, você evita que o fluxo criativo seja cortado.

@Marina Dayrell/ O Estado de São Paulo – disponível na internet 12/11/2020

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