O movimento PD&I no Brasil, capitaneado por diversos capítulos estudantis da Sociedade de Engenheiros de Petróleo – SPE (do termo inglês Society of Petroleum Engineers, com sede no Estados Unidos da América), estabelecidos nas universidades brasileiras, vem crescendo em todo o país e levantando temas muito relevantes e inovadores, que estão ajudando, inclusive, na formulação de políticas públicas e empresarias com foco na inovação e conquista de novos mercados.
O último evento realizado foi na noite dessa última segunda feira, dia 09/novembro, com um tema muito estratégico para o país, tratando de forma mais específica os processos de acreditação dos laboratórios de pesquisas. Essa ação é uma das condições necessária para que os resultados das pesquisas, assim como de processos de inovação sejam assegurados por uma rede de laboratórios com capacidade e reconhecidos por agentes empresariais e governamentais em todo o mundo.
Uma das palestrantes convidada, Andrea Melo, Chefe da Divisão de Desenvolvimento de Programas de Acreditação do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade de Inovação – INMETRO, respondendo a uma das perguntas da organização, apontou para a possibilidade do estabelecimento de um Programa Nacional de Acreditação específico para as necessidades e especialidades dos diversos tipos de laboratórios existentes nos centros de pesquisas universitários no país, tendo como base a norma Norma NBR ISO/IEC 17025 .
O outro palestrante, o Engenheiro Pedro Paulo Novellino, CEO da Fênix Serviços de Análise e Métrica e Mestre em Metrologia para a Qualidade e Inovação pela PUC-Rio, demonstrou muito bem a necessidade de se avançar com os processos de calibração dos diversos tipos de equipamentos utilizados nas pesquisas no Brasil, de modo a se garantir a confiabilidade e reconhecimento internacional. “Com isso, os nossos produtos e processos terão melhor condição de competitividade no comércio exterior”, ressalta Novellino.
Segundo o padrinho dessa edição da série de Webinars, Ricardo Galvão, estudante de engenharia química e atual presidente do capítulo estudantil da Universidade Federal do Rio de Grande do Norte – UFRN, a acreditação dos laboratórios nas universidades do Brasil trará mais segurança para as métricas dos equipamentos, fazendo com que os resultados de pesquisas e trabalhos realizados nos laboratórios tornem-se mais precisos e confiáveis. Deste modo, mais empresas irão procurar as universidades para análises, melhorando não só a relação academia/indústria, mas também a aceitação de trabalhos científicos em revistas e congressos internacionais, conclui Galvão.
@Redação de O Debate/Diário de Macae – disponível na internet 12/11/2020
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