A cena, em que os dois homens brancos agridem Silveira, que era negro, no estacionamento da loja, foi filmada e gerou comoção nas redes sociais.
Foram registrados protestos em São Paulo, no Rio de Janeiro, em Porto Alegre, Belo Horizonte e outras cidades.
O ato em São Paulo começou com uma marcha na Avenida Paulista. O protesto terminou em confusão quando parte do grupo invadiu o Carrefour situado na rua Pamplona, nos Jardins. Produtos, gôndolas e a fachada foram danificados.
No Rio, um grupo ocupou uma unidade na Barra da Tijuca e exigiu o encerramento das atividades. Após dialogarem com a gerência, o pedido foi acatado.
Em Porto Alegre, manifestantes se juntaram na porta do estabelecimento do ocorrido, em Passo D’Areia, bairro da zona norte da capital gaúcha.
Com cartazes e buzinas, a aglomeração chegou a bloquear o tráfego no entorno da avenida Plínio Brasil Milano.
A Guarda Civil Municipal estima que cerca de 2.500 pessoas estavam no local.Em Belo Horizonte, grupos foram até duas lojas da rede, um na região central e outro dentro de um shopping center.
Também houve registro de protesto em Curitiba.
Entenda o caso
Na noite de quinta-feira (19), João Alberto Silveira foi espancado por seguranças numa loja do Carrefour em Porto Alegre.
O serviço de emergência foi chamado, mas Silveira morreu no local. De acordo com a Polícia Militar, os envolvidos foram presos em flagrande, acusados de homicídio, e devem ser indiciados por homicídio triplamente qualificado, por motivo fútil e por não darem chance de defesa à vítima.
De acordo com informações preliminares da investigação, o homem morreu asfixiado.
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Crédito: Paulo Toledo Piza e Anna Satie, da CNN – @internet 21/11/2020