Greve no Tesouro Nacional e na CGU paralisa operações de crédito e auditorias

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A greve e a operação padrão dos servidores do Tesouro Nacional e da Controladoria-Geral da União (CGU) continuam a causar impactos, entrando na sexta semana consecutiva de mobilização intensificada. Nesta terça-feira (dia 10), os servidores inciaram uma nova paralisação de 24 horas, como forma de pressionar o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) a retomar as negociações, até agora estagnadas.

Eles são a única categoria que tem grandes chances de ficar de fora de um reajuste no próximo ano, devido o envio da Lei de Diretrizes Orçamentárias ao Congresso Nacional.

Os efeitos da greve são especialmente visíveis nas operações de crédito externo envolvendo estados, municípios e empresas estatais, além das auditorias e certificações conduzidas pela CGU.

Atrasos

A reunião trimestral da Comissão de Financiamentos Externos (Cofiex), que seria realizada nesta quinta-feira (dia 12), foi suspensa devido à impossibilidade de o Tesouro Nacional se manifestar sobre pedidos de garantias em operações de crédito. Sem nova data definida para o encontro, o fluxo de concessão de créditos com recursos externos fica comprometido, afetando a capacidade de estados, municípios e estatais de acessar esses recursos.

Além das operações externas, a greve também impacta negociações de reprogramação de contratos de crédito interno. Estados como Bahia e Pará já tiveram suas negociações canceladas. Esses processos, embora não envolvam diretamente recursos externos, dependem da atuação de servidores do Tesouro, cuja paralisação afeta o andamento dos acordos.

Programas fundamentais do governo, como o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), Programa de Financiamento à Exportação (Proex) e Programa de Garantia da Atividade Agropecuária (Proagro), também estão sendo afetados pela greve.

No campo da dívida pública, ao menos três projetos relacionados ao Tesouro Direto foram suspensos. As colaborações com a B3, Bolsa de Valores do Brasil, sofreram interrupções, além de atrasos nas emissões e resgates de títulos vinculados a programas governamentais, como o Fies e o Proeis.

Na CGU, a situação também é grave. Diversas auditorias tiveram seus prazos ampliados, incluindo aquelas do programa “CGU Presente”, que fiscaliza projetos como o Mais Médicos e o Brasil Sorridente.

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