Unimed Ferj fecha acordo com ANS para reequilibrar contas. O que muda para o usuário?

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@reprodução ans

Risco de descredenciamento

Por conta das dívidas, clínicas e hospitais do Rio preveem a possibilidade de descredenciamento caso a operadora não se comprometa a quitar as cobranças. A Rede D’Or já anunciou que deixará de atender clientes da Unimed Ferj a partir de 18 fevereiro. O plano de saúde afirma desconhecer os valores.

O acordo com a ANS também determina que, em caso de descredenciamento de prestadores, a operadora terá o prazo de 30 dias para contratar uma nova opção compatível. Pelas regras gerais, as operadoras precisam substituir o prestador descredenciado ou demonstrar à agência que não há impacto no atendimento até a data final de atendimento do prestador. 

Especialista em Direito à Saúde do escritório Vilhena Silva, o advogado Rafael Robba destaca ainda que outra flexibilização incluída no acordo é a que isenta a a Ferj da suspensão da venda de planos. A medida é tomada pela ANS quando o Índice Geral de Reclamações (IGR) fica muito alto e é identificado risco assistencial aos usuários.

Com o acordo, a agência se compromete a não aplicar a sanção até março do ano que vem. Apesar disso, o termo também determina como uma das obrigações da Ferj que o índice seja mantido compatível com a média geral apresentada pelas demais operadoras. Hoje, o IGR da empresa é de 448,7, o décimo maior do país.

— O termo cria algumas obrigações para a Unimed e por outro lado flexibiliza regras, mas vai exigir uma fiscalização muito rigorosa da ANS. A questão é se a Unimed vai conseguir garantir o atendimento aos usuários — diz Robba.

Vera, da FGV, vê uma “sinalização positiva” no acordo. Ela analisa que, se for cumprido, o termo tende a gerar benefícios para os beneficiários. Para isso, porém, cabe a ANS fiscalizar a operadora “de maneira detalhada, e tomar medidas mais drásticas caso as exigências não forem cumpridas”.

— Se não fosse essa medida, seria a liquidação da operação, o que geraria transtornos ainda mais complicados que uma tentativa de equalização. Se a operadora descontinuar o atendimento, é um impacto de quase 600 mil vidas no sistema público de saúde do Rio — observa.

Crédito: Letícia Lopes / Coluna Defesa do Consumidor  de O Globo – @ disponível na internet 16/1/2025

3 COMENTÁRIOS

  1. Estou passando por situação difícil, minha mãe atendida pelo HOMECARE até 14/12/24, precisou ser internada no HOSPITAL RIO BOTAFOGO, onde até uma injeção precisei comprar pois no hospital não tinha. Liguei para a Unimed Ferj que não tomou nenhuma providência e ainda me disse que o reembolso deveria ser pedido pelo HOSPITAL, que também nenhuma medida tomou para solicitar o reembolso ou reembolsar-me.
    Estamos perdidos…não obstante pagar mensalmente R$ 4.085,00 reais!

  2. Temo ficar sem assistência médica. Não sou aceita por outro plano porque tenho doença pré -existente ( cancer /em tratamento). Pago à Unimed Ferj quase R$5.500,00 e estou duvidando se serei atendida se precisar de algum atendimento de urgência. Já precisei e não pude esperar a autorização para a cirurgia, pois tratava-se de câncer no nariz. Esperei dois meses. Após, resolvi fazer particularmente., por não saber quanto tempo mais teria que esperar. Três dias antes da cirurgia, com tudo marcado, saiu a autorização. Aí não fiquei à vontade para desmarcar. Fui operada e me tranquilizei. O médico me dissera que se esperasse muito, o câncer poderia vir à tona e fazer um estrago no meu rosto.

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