Temer diz que iniciativa privada é que ajuda o Estado a crescer
Ao participar da inauguração da nova fábrica de celulose da Klabin, maior produtora e exportadora de papéis do país, o presidente da República interino, Michel Temer, destacou ontem (28) o papel da iniciativa privada no desenvolvimento do país. A nova unidade, chamada de Puma, fica no município de Ortigueira (PR).
“Ao longo do tempo, tenho dito, com frequência, que a iniciativa privada é quem ajuda o Estado a crescer. Um país forte é um país amparado pela atuação da iniciativa privada”, disse Temer durante discurso. A fábrica inaugurada hoje teve investimentos de R$ 8,5 bilhões, segundo o Palácio do Planalto. O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) informou que financiou R$ 3,37 bilhões e R$ 800 milhões em subscrição de debêntures simples.
Em seu discurso, Temer também disse “ver com bastante alegria” a privatização de escolas ocorrida na região. “Quando eu vejo, com grande alegria, que aqui foram praticamente privatizadas, digamos assim, 29 escolas da região, eu vejo a preocupação social.”
BNDES
Em entrevista após o evento, perguntado se a decisão do governo de retirar R$ 100 bilhões em recursos repassados pelo Tesouro Nacional ao BNDES poderá dificultar o financiamento de obras como a da Klabin, Temer garantiu que o banco de fomento terá recursos para investir em novos empreendimentos.
“É que ainda sobram R$ 400 bilhões para o BNDES, primeiro ponto. Segundo ponto, esses R$ 100 bilhões, que vão ser tirados pouco a pouco, já foram negociados com o BNDES. A presidenta Maria Sílvia [Bastos Marques] não vê nenhum problema em relação a isso. E como disse, reitero, ainda sobram lá R$ 400 bilhões, que é do Tesouro público que estão no BNDES”, argumentou.
O presidente interino voltou a dizer que, apesar da interinidade e do pouco tempo de governo, tem conseguido aprovar medidas importantes e “pacificar” o país. “Estou há pouquíssimo tempo à frente do governo e, na verdade, estamos pregando uma espécie de pacificação nacional, um movimento no sentido de reunificar o pensamento nacional, de fazer com que todos se empenhem, como se empenham aqui, para o crescimento do país.”
Fábrica
As obras da nova fábrica de celulose da Klabin foram executadas em 24 meses e a unidade terá capacidade de produção de 1,5 milhão de toneladas de celulose de fibra curta ao ano e 400 mil toneladas de celulose de fibra longa, com a previsão de geração de 1,4 mil empregos diretos e indiretos.
Segundo a Klabin, a unidade é um empreendimento de cerca de R$ 8,5 bilhões, incluindo infraestrutura, impostos e correções contratuais. Com a nova fábrica, a Klabin dobrará sua capacidade de produção e vai oferecer, simultaneamente, celulose de fibra curta (eucalipto), celulose de fibra longa (pinus) e celulose fluff (usada, principalmente, nos segmentos de absorventes e fraldas descartáveis, pela alta capacidade de absorção).
Parte da celulose de fibra longa será convertida em celulose fluff, a única do país produzida a partir de florestas plantadas de pinus e processada em uma unidade industrial projetada para essa finalidade.
Marcos Pereira participa de inauguração de fabrica de celulose no Paraná.
O ministro da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, Marcos Pereira, acompanhou o presidente em exercício Michel Temer, nesta terça-feira, durante cerimônia de inauguração da nova fábrica de celulose da Klabin, maior produtora e exportadora de papéis do Brasil, localizada no município de Ortigueira, no Paraná. As obras da nova unidade, chamada de Puma, foram executadas em 24 meses. O investimento total no projeto foi de R$ 8,5 bilhões, incluindo infraestrutura, impostos e correções contratuais.
A Unidade Puma deve gerar cerca de 1,4 mil empregos diretos e indiretos, considerando as atividades industriais e florestais. Sua capacidade de produção será de 1,5 milhão de toneladas de celulose, dos quais 1,1 milhão de toneladas de celulose branqueada de fibra curta (eucalipto) e 400 mil toneladas de celulose branqueada de fibra longa (pínus).
A celulose da Klabin irá atender o mercado nacional, que hoje importa essa matéria-prima utilizada na fabricação de fraldas, absorventes, entre outros produtos.
A nova fábrica também terá duas das maiores turbinas para geração de energia elétrica já fabricadas no mundo para a indústria de papel e celulose. A unidade terá capacidade de produzir 270 MW, sendo 150 MW excedentes (o suficiente para abastecer uma cidade de 500 mil habitantes), elevando a fábrica à condição de autossuficiência em geração de energia elétrica. O raio médio entre a operação florestal e a nova fábrica é de 72 km, o que garante a competitividade e o baixo custo do transporte de madeira.
A Klabin fez um amplo diagnóstico social da área diretamente afetada pela nova fábrica de celulose, os municípios paranaenses de Ortigueira (sede da nova fábrica), Imbaú e Telêmaco Borba. Com apoio de uma consultoria especializada, a empresa criou o Plano de Ação Socioambiental, que contempla projetos nas áreas de saúde, educação, cultura, lazer, meio ambiente, agricultura familiar, empreendedorismo, assistência social, além de obras de infraestrutura urbana e prestação de serviços.
Com informações do Portal Planalto
Agencia Brasil de Notícias e Ascom do MDIC 29/06/2016