Em protesto, servidores acampam em frente ao prédio do Banco Central.

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Cerca de 20 pessoas estão acampadas em frente ao prédio do Banco Central, desde o início da tarde desta terça-feira (19/7). Os manifestantes são técnicos do Banco Central, que declararam greve há nove dias, e pedem pelo cumprimento do Projeto de Lei da Câmara (PLC) 36/2016, referente à modernização da carreira. Os servidores pedem a modificação do critério de acesso ao cargo de técnico de nível médio para nível superior.

Segundo o presidente do Sindicato Nacional dos Técnicos do Banco Central (SinTBacen), Willekens Brasil, a categoria está há 10 anos negociando a restruturação da profissão. “Só vamos sair daqui quando o projeto for aprovado sem vetos. A modernização da carreira não causa impacto financeiro algum a ninguém”, explica. A pauta venceu seus obstáculos e chegou às casas legislativas, mas ainda corre o risco de ser travada na Casa Civil.
O Projeto de Lei da Câmara (PLC) 36/2016, que trazia em seu texto original, além do reajuste da categoria, a modificação do critério de acesso ao cargo de técnico de nível médio para nível superior foi alvo de requerimento de destaque que retirou da votação artigos importantes do texto. O PLC 36 foi aprovado, porém com o destaque da modernização da carreira – sem nenhum impacto financeiro.

Enquanto os diretores do Banco Central (BC) participavam do primeiro dia de reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) ontem a  tarde, servidores de nível técnico montavam barracas na porta do edifício da instituição. Em greve há nove dias, eles cobram do governo o cumprimento integral dos acordos para a reestruturação da carreira.

Os servidores afirmam que a medida não trará impacto financeiro ao Tesouro Nacional e receberam apoio da diretoria do BC, que enviou  um aviso ao ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha. No documento, o diretor Anthero Meirelles sugeriu que o presidente da República interino, Michel Temer, sancione, sem vetos, o Projeto de Lei 36 de 2016, que reestrutura a carreira de nível técnico do BC.

Os servidores do BC prometem ficar acampados até que o governo se manifeste. Além da mobilização em Brasília, acontecem atos em Salvador, Belém, Recife, Fortaleza, Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba, Porto Alegre e Belo Horizonte.

 Crédito: Correio Braziliense – disponível na web 20/07/2016

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