III Oficina: SERVIÇO PÚBLICO E A GERAÇÃO DE VALOR SOCIAL EM REDE

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“O medo de um futuro que desconhecemos só pode ser superado com imagens de um futuro que queremos”. (Wilhelm Ernst Barkhoff).

A professora, consultora e empreendedora Alda Marina Campos, que participou da III Oficina Lucro Social na tarde desta segunda-feira (19/09), utilizou a frase do alemão Wilhelm Barkhoff, em sua palestra sobre sustentabilidade, para chamar a atenção sobre a importância do tema não apenas no setor privado, mas também no setor público. Ela falou sobre “Os desafios do desenvolvimento sustentável e da transparência nos negócios”.

Ao parabenizar o Asmetro pela iniciativa, ela fez questão de comentar que foi a primeira vez que participou de um evento sobre lucro social no setor público, apesar de sua bagagem com cerca de 20 anos de uma carreira bem sucedida. Alda é diretora da PARES – consultoria em desenvolvimento e inovação organizacional-, professora em Responsabilidade Socioambiental Corporativa, com mestrado em Administração de Empresas pela PUC-Rio, com ênfase em Estratégia em Alianças e Redes, desde 2005, pesquisa e trabalha com desenvolvimento humano e organizacional.

Falando para uma plateia de representantes de diversas entidades sindicais públicas, ela lembrou que, “se o desenvolvimento sustentável é aquele que atende as necessidades do presente sem comprometer as habilidades das gerações futuras de atender as suas próprias necessidades, o setor público deve se ater também a isso no que se refere ao lucro social ou valor social de seu serviço”.

Segundo a professora, a sustentabilidade envolve uma transformação progressiva da economia e da sociedade e requer uma redefinição dos conceitos de valor e sucesso nos negócios. “Essa redefinição do que é valor para a sociedade é algo que precisa acontecer não somente pelo setor privado, mas também pelo setor público. O que significa sucesso no setor público?”, questionou.

ROMPER PARADIGMAS DA RELAÇÃO CONVENCIONAL

Alda Marina lembrou que as organizações que procuram incorporar a sustentabilidade na gestão de suas cadeias de geração de valor precisarão romper paradigmas da relação convencional entre seus atores, como cliente e fornecedor.

Ela acredita que aquela empresa que conseguir olhar para relacionamento com fornecedores, além das atividades transacionais com foco exclusivo em qualidade, preço e prazo, enxergará um enorme campo de oportunidades para inovação e desenvolvimento de soluções mais competitivas e sustentáveis. E isso vale para outras relações institucionais e para outros setores, acrescentou Alda Marina.

“Essa troca e construção participativa de conhecimento e soluções permitem diversidade, quebra de paradigmas e uma atuação muito mais sistêmica e em rede, essenciais num processo de real transição. Essa mesma lógica deve extrapolar o setor público, possibilitando o diálogo com o segundo e terceiro setores e o intercâmbio de experiências com empresas e organizações da sociedade civil, que atuem sobre formas similares de valor de geração de valor para a sociedade”, observou.

E concluiu: “Todos os participantes dessa oficina são lideranças, verdadeiros empreendedores dentro de importantes instituições brasileiras. Por isso, é fundamental que tenham clareza da imagem de futuro que estão construindo, para que possam inspirar outros servidores públicos e conduzir a transição. O Brasil ganha com o intraempreendedorismo e com o diálogo intersetorial”.

Assessoria de Comunicação da III Oficina – Jornalista Tânia Malheiros e Ronaldo Mendes Fotógrafo

ASMETRO-SN 21/09/2016

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