“No Morumbi tem aquela favela, né? Paraisópolis. Ali é a Etiópia”: Primeira-dama eleita de São Paulo, Bia Doria.

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Coluna Cenas da Semana cita mais um caso de entrevista mal orientada e suas consequências. A equipe de João Doria, prefeito eleito, já toma providências para evitar tropeços como a da esposa, Bia, que perguntou: “No Morumbi tem aquela favela, né? Paraisópolis. Ali é a Etiópia”

A futura primeira-dama de São Paulo, a artista plástica Bia Doria, não só viralizou como rendeu muitos memes nas redes sociais. Ela diz se sentir uma pessoa “do povo”, ao mesmo tempo em que mostra não conhecer a capital que será administrada pelo seu marido. “O Minhocão hoje para que serve? Quase nunca fui lá. É tipo um viaduto, né?”, pergunta, enquanto elogia os parques “lindos” de Sydney e as ciclovias de Cingapura.

Causaram também muita repercussão comentários como este:  “No Morumbi tem aquela favela, né? Paraisópolis. Ali é a Etiópia, mas eles respiram o mesmo ar, sentem o mesmo frio que a gente. Essa desigualdade tem que diminuir. Não adianta ter uma funcionária que chega no ateliê e tem problemas de nutrição”.

Logo após a publicação, os próprios aliados do novo prefeito sugeriram que sua mulher deveria fazer, e logo, um treinamento para lidar com a imprensa, um media training. As declarações da futura primeira-dama causaram constrangimento na própria equipe de João Doria, que foi aconselhado também a reduzir o número de declarações públicas. Após a eleição o tucano tem falado praticamente todos os dias.

Um dos ensinamentos fundamentais no media training é que nenhum porta-voz deve falar à imprensa de improviso. O preparo prévio é importante para o alinhamento estratégico das mensagens. No caso de Bia Doria, as ironias foram ácidas, como a brincadeira feita num blog de que após a entrevista ela será secretária do Mal Estar Social.

Crédito: Congresso em Foco – disponível na web 15/10/2016

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