Ainda acontecem pelo Brasil atos e mobilizações que levaram milhares de trabalhadores às ruas nesta quarta-feira histórica de mobilização contra a reforma da Previdência, para barrar a retirada de direitos da classe trabalhadora. A manhã começou em Brasília com o Ministério da Fazenda ocupado por movimentos da sociedade civil organizada. Do lado de fora, milhares de trabalhadores de diversas categorias dos setores público, privado, do campo e da cidade se somaram a estudantes numa atividade que reuniu diversos parlamentares que tem feito um importante trabalho de resistência em defesa da classe trabalhadora no Congresso Nacional onde tramita a famigerada PEC 287/16, da reforma da Previdência. Entre os deputados Jandira Feghali, Erika Kokay, Jô Moraes, José Guimarães, Henrique Fontana, Bohn Gass, Margarida Salomão, Chico Alencar. Entre os senadores, Lindbergh Farias, Vanessa Grazziotin, Humberto Costa, Gleisi Hoffmann, entre outros, estiveram no ato em Brasília.
“Esse foi apenas o começo. O direito a aposentadoria digna vai seguir mobilizando os trabalhadores por todo o País. Não vamos descansar e vamos lutar para defender os direitos que tão duramente conquistamos”, reforçou o secretário-geral da Condsef/Fenadsef, Sérgio Ronaldo da Silva. Por todo o Brasil, representantes das entidades filiadas à Confederação participaram desse histórico dia nacional de lutas. É importante que cada servidor e servidora pelo país continuem se mobilizando e se somando a essa luta que é de todos nós. Barrar a PEC 287/16, da reforma da Previdência está entre nossas prioridades.
Mas há muitos outros ataques que devemos lutar para impedir. A reforma trabalhista que pretende flexibilizar relações de trabalho, somado a reforma da Previdência que na prática pode inviabilizar aposentadorias, flerta com o retorno ao regime de escravidão. É absolutamente intolerável que para manter privilégios de um sistema financeiro insaciável a grande maioria da população seja lançada ao sacrifício de forma tão cruel. Nossa chance para virar esse jogo tão desumano e desigual está nas ruas. Portanto, vamos continuar tomando às ruas e vamos à luta antes que nossos direitos sejam usurpados pelo golpe instalado e em curso. Retomemos as rédeas do destino de nosso país e lutemos por nossos direitos.
Não há déficit da Previdência como pregam para impor essa reforma. As tentativas deste governo ilegítimo em convencer a população por meio de propaganda de que a retirada de direitos é necessária para o país voltar a crescer não passam de engodo e só servem para tentar ocultar um projeto que quer usurpar nossos direitos para poupar os privilegiados de sempre do mercado financeiro. Não podemos admitir que enquanto debatem a retirada de nossos direitos sigam pagando juros absurdos de uma dívida pública que sequer foi auditada. Precisamos refletir sobre nossos problemas e atacá-los na raiz e não aceitando que sejamos oferecidos em sacrifício para acalmar a sanha do mercado especulativo financeiro.
Vale lembrar que um governo ilegítimo não pode conduzir uma agenda de projetos e propostas que mudam a Constituição brasileira. Só um movimento forte e constante de mobilização e organização da classe trabalhadora será capaz de reverter esse cenário. Não podemos e não vamos tolerar que direitos garantidos com luta sejam destruídos em nome de uma crise econômica que não foi provocada pelos trabalhadores. Vamos reagir e resistir nas ruas. Vamos denunciar todo parlamentar que diz representar o povo e está votando contra nossos direitos.
Condsef – 16/03/2017