Policiais federais decidiram, nesta quarta-feira (5), entrar em estado de alerta como forma de protestar contra a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 287/2016, que trata da reforma da Previdência, atualmente em discussão na Câmara dos Deputados.
A decisão foi tomada após a realização de atos em frente às Superintendências da Polícia Federal em todo o país, com a participação de integrantes de todas as categorias que integram a instituição: Delegados, peritos, agentes, escrivães e papiloscopistas.
O presidente da Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (ADPF), Carlos Eduardo Sobral, que participou da mobilização em Brasília, explica que, na prática, a PEC 287/2016 “põe em risco o justo tratamento previdenciário aos policiais”.
“A proposta retira da Constituição Federal a expressão ‘atividade de risco’, o que é um absurdo dado os riscos e desgastes sofridos pelo policial ao longo de sua carreira. Além disso, impõe ao policial que se aposente com no mínimo 65 anos, sendo que a expectativa de vida deste profissional varia entre 56 a 59 anos”, ressalta Sobral.
Os policiais federais consideram ainda realizar a entrega coletiva de armas caso o deputado federal Arthur Maia (PPS-BA), relator da PEC 287/2016, não contemple as emendas 66, 67 e 68, apresentadas pelo deputado João Campos (PRB-GO), que garantem ao policial o devido tratamento previdenciário.
A ADPF e outras categorias da Polícia Federal integram ainda a União dos Policiais do Brasil (UPB), que é composta por cerca de 30 entidades representativas do segmento da Segurança Pública, com objetivo de lutar contra a retirada do direito social do policial à aposentadoria, conforme proposto na PEC 287/2016.
Crédito: JB Online – disponível na internet