A cada testemunha que se coloca frente à juíza Pamela Chen, que preside o Julgamento da Fifa em Nova York, o nome de Ricardo Teixeira surge entre os dirigentes citados no escândalo de corrupção.
“A gente precisa ter acesso a estas acusações, de quais delatores e quais os fatos abordados por eles. O que eles disseram, se mostraram provas para comprovar essas acusações”, questionou Asseff Filho em contato com o R7. “Tudo o que o Ricardo Teixeira gostaria é de se defender. Acontece que ele precisa ser formalmente intimado pela Justiça norte-americana para que faça isso e, até hoje, não aconteceu”.
Vale lembrar que decisão de uma juíza federal do Rio de Janeiro, em 2015, proíbe o MPF (Ministério Público Federal) de trocar informações sobre o ex-cartola com a Justiça norte-americana — o MPF entrou com um recurso e ainda aguarda uma decisão do Supremo Tribunal Federal sobre o caso.
Entre outras coisas, Ricardo Teixeira é suspeito de ter dividido com o empresário J. Hawilla, da Traffic, uma propina de US$ 30 milhões (R$ 96 milhões) por terem fechado um acordo recordista em cifras com a Nike em 1996.
Além disso, o brasileiro foi acusado na semana passada por Luis Bedoya, delator e ex-presidente da Confederação Colombiana de Futebol, de ser “um dos três dirigentes mais corruptos do futebol sul-americano” ao lado do argentino Julio Grondona, morto, e do paraguaio Nicolás Leoz, em prisão domiciliar.
Teixeira é acusado dos mesmos sete crimes que José Maria Marin e Marco Polo Del Nero, seus sucessores na presidência da CBF — três por fraude, três por lavagem de dinheiro e um por integrar uma organização criminosa. Todos negam as acusações e afirmam ser inocentes.
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