Pesquisas realizadas por técnicos do Laboratório de Ultrassom do Inmetro (Dimci/Diavi/Labus) e do Programa de Engenharia Biomédica da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ/Coppe/PEB) resultaram em tecnologias complementares entre si, que permitirão verificar, periodicamente, se equipamentos de ultrassom continuam funcionando corretamente.
A solução encontrada pelos pesquisadores da UFRJ consiste em uma pastilha reutilizável feita de silicone misturado com material termocromático em pó, que é suscetível ao aquecimento. Na prática, ela perde a cor quando colocada em contato com o transdutor do equipamento de ultrassom em funcionamento, já que um efeito dele é o aumento da temperatura. Dessa forma, é possível ter indicativos do funcionamento dos aparelhos sem o uso de qualquer dispositivo extra, somente observando a mudança de cor do material.
Complementarmente, foi desenvolvido, pelos pesquisadores do Inmetro, um método de processamento de imagem da pastilha termocromática que permite avaliar se a área permanece igual ao longo do tempo, o que indicaria a estabilidade do funcionamento dos equipamentos terapêuticos. O método patenteado pelo Inmetro é flexível, de fácil aplicação e de baixo custo, capaz de ser utilizado em outros tipos de pastilhas ou imagens térmicas produzidas por equipamentos de terapia por ultrassom.
Para o pesquisador do Labus e um dos inventores da patente, Rodrigo Costa-Félix, a tecnologia tem potencial de trazer impactos positivos para os pacientes, que são beneficiários diretos, e para o mercado. “Para os pacientes, será facilitado o acesso a equipamentos de terapia, já em uso, que são avaliados metrologicamente. Para o mercado, traz mais uma possibilidade de fomentar a competitividade simétrica, permitindo que os consumidores valorizem ou penalizem as marcas de acordo com seu desempenho”, explicou.Agora, a empresa vencedora da licitação adquiriu os direitos de desenvolver, industrializar e explorar comercialmente o método patenteado por 15 anos, mediante pagamento de royalties.
Pesquisador do Inmetro estuda nova substância para ponto fixo na Escala Internacional de Temperaturas
O chefe do Laboratório de Termometria da Divisão de Metrologia Química e Térmica (Dimci/Dimqt), Klaus Quelhas, publicou um artigo no “Journal of Research of the National Institute of Standards and Technology (Nist)”. Em coautoria com o pesquisador do Nist Weston L. Tew, a publicação trata do trabalho realizado pelos autores com o hexafluoreto de enxofre (SF6) na tentativa de utilizá-lo em substituição ao ponto triplo do mercúrio na Escala Internacional de Temperaturas de 1990 (EIT-90).
Fonte: Inmetro 12/02/2019
Crédito: Rodrigo Costa Felix: Engenheiro Mecânico, Mestre em Engenharia Mecânica e Doutor em Engenharia Biomédica, Pesquisador-Tecnologista em Metrologia e Qualidade e Klaus Quelhas. Chefe do Laboratório de Termometria da Divisão de Metrologia Química e Térmica (Dimci/Dimqt)