– Na hora que você tem uma derrota como essa, é evidente que alguma coisa não está certa. O governo certamente terá o tempo necessário para se debruçar sobre o problema e tentar corrigi-lo – disse Marinho, ao deixar o plenário do Senado.
Presente durante toda a votação da reforma no Senado, Marinho estava visivelmente frustrado com a derrota. Ele disse que cabe à sua equipe apenas discutir o mérito da matéria para subsidiar os senadores na tomada da decisão.
– Quem conduz o processo é o líder do governo (senador Fernando Bezerra Coelho-MDB/PE). Ele avaliou que dava pra votar. Faltaram oito senadores – lamentou o secretário.
Marinho disse que politica do abono precisa ser melhor focalizada e que a decisão do Senado vai prejudicar outras áreas como saúde, educação e infraestrutura.
– Acho que não foi bom para o país o que aconteceu hoje, mas a gente tem que respeitar a decisão do Congresso Nacional. Os senadores, de forma democrática, tomaram uma posição por entenderem que deveriam manter a situação de um abono para trabalhadores formais acima de 1,3 salário mínimo quando o governo hoje tem déficit de mais de R$ 9 bilhões no Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT). São recursos que são retirados do orçamento da união que desfalcam a saúde, a educação, a infraestrutura, ações sociais e isso vai continuar – concluiu.
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Previdência: Em quatro pontos, entenda por que a reforma da Previdência é importante
Crédito: Geralda Doca e Marcello Corrêa/O Globo – disponível na internet 02/10/2019