Brasil estreita laços com a China

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Bolsonaro recebe presidente chinês em Brasília e defende ampliar relações comerciais entre os países. Ministro da Economia anuncia negociação para criação de área de livre-comércio com a China.

O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quarta-feira (13/11), após receber seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Brasília, que pretende ampliar e diversificar as relações comercias com a China e destacou que o país asiático faz parte do “futuro do Brasil”. O encontro ocorreu pouco antes da abertura da cúpula do Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul).

“A China é o nosso primeiro parceiro comercial e juntamente com toda a minha equipe, bem como com o empresariado brasileiro, nós queremos mais do que ampliar, diversificar as nossas relações comerciais”, disse Bolsonaro, ao lado de Xi.    

Xi Jinping aperta mão de Jair Bolsonaro
Esse foi os segundo encontro de Bolsonaro e Xi em menos de um mês

Bolsonaro afirmou que a ideia é abrir o país para um mundo sem ideologias, com mais pragmatismo e com os interesses comerciais em primeiro lugar. Por isso, quer conversar com a China com o “devido carinho, respeito e consideração”, já que ambos têm a ganhar coma relação. “A China cada vez mais faz parte do futuro do Brasil”, ressaltou.

O presidente da China destacou a relação que classificou como “extraordinária” da China com o Brasil. “A amizade e cooperação sino-brasileira têm um futuro promissor e proeminente, com confiança ainda maior. Vamos trabalhar juntos para garantir que o navio da amizade China-Brasil avance na direção correta, supere todas as dificuldades e chegue com passos firmes a um futuro mais brilhante”, afirmou.

Xi deixou claro ainda o desejo de que o Brics contribua para fortalecer a relação do gigante asiático com países do continente americano. Segundo ele, uma aproximação maior do país asiático com os membros do Brics com toda a América Latina, com o Brasil como plataforma será “benéfica para todos”, sempre com o objetivo de uma cooperação com “os parceiros ao redor do mundo”.

Com um fluxo comercial de 98,9 bilhões de dólares entre os dois países, a China é o maior parceiro comercial do Brasil e um dos principais investidores em infraestrutura e energia.

Durante a reunião, Bolsonaro e Xi assinaram acordos de cooperação nos setores de serviços, transportes e saúde. Entre os acordos estão protocolos sanitários para exportação de pera da China ao Brasil e de melão do Brasil para a China – a primeira fruta do país autorizada a entrar no mercado chinês –, um plano de ação na área de agricultura e um memorando para promover o intercâmbio cultural e audiovisual.

Esse foi os segundo encontro de Bolsonaro e Xi em menos de um mês. O presidente brasileiro foi recebido por Xi na China. Na ocasião também foram assinados atos oficiais de cooperação.

Durante um seminário sobre o Novo Banco de Desenvolvimento do Brics, o ministro da Economia, Paulo Guedes, anunciou nesta quarta-feira que o Brasil está negociando com a China uma área de livre-comércio, porém, evitou dar detalhes sobre as tratativas.

“O fluxo de comércio com a China era de 2 bilhões de dólares mais ou menos na virada do século. Hoje estamos negociando 100 bilhões de dólares. É o nosso mais importante parceiro comercial”, destacou Guedes, defendendo uma integração maior entre os países.

Antes da abertura da cúpula do Brics, Bolsonaro recebeu também o primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi. A relação comercial entre os países foi o principal tema da reunião. Ambos disseram que desejam estreitar a cooperação entre os países. Bolsonaro anunciou ainda uma viagem para a Índia em janeiro.

Crédito: Deutsche Welle Brasil – disponível na internet 14/11/2019

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