Este primeiro modelo é apenas um protótipo, mas a equipa que o construiu espera que este seja apenas o primeiro passo para fornecer uma alternativa mais compacta aos conhecidos aceleradores massivos de partículas, incluindo o Large Hadron Collider (LHC) e o SLAC National Accelerator Laboratory.
Jelena Vuckovic, da Universidade de Stanford, na Califórnia, compara os aceleradores de partículas aos grandes telescópios: “existem poucos no mundo e os cientistas precisam de ir a lugares como o SLAC para os usar.”
Para o concretizar, os cientistas voltaram-se para os comprimentos de onda mais curtos dos lasers, em vez da aceleração convencional por microondas usada no SLAC. Depois, esculpiram um canal em nanoescala de silício – mais pequeno do que a largura de um cabelo humano – selaram-no no vácuo e, em seguida, impulsionaram eletrões através dele usando pulsos de luz infravermelha.
A aceleração a laser não é um conceito propriamente novo, mas esta é a primeira vez que os cientistas conseguem montar um sistema de aceleração num espaço tão pequeno, em parte graças aos algoritmos de computador que ajudaram no design da instalação. O trabalho foi publicado recentemente na Science.
Os responsáveis pelo artigo científico compararam este avanço ao computador portátil doméstico, que substituiu os computadores mainframe que costumavam ocupar salas inteiras.
fonte: https://zap.aeiou.pt/acelerador-particulas-num-chip-313014 – 19/03/2020