Nem a tragédia rondando fez o senado trabalhar –  Cláudio Humberto

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Os senadores não abrem mão de prerrogativas e nem muito menos dos R$210 mil que custam por mês, em média, mas, na hora de mostrar serviço, a porca torce o rabo. Optaram por não trabalhar, deixando de votar o auxílio de R$600 para brasileiros, em dramática situação de risco, na informalidade. Poderiam fingir interesse, fazendo votação virtual no sábado ou no domingo, mas nada. Se fosse para garantir mais regalias para suas excelências, teriam votado até de madrugada, como já ocorreu.

Folga é mais importante – A votação, que poderia ter sido sexta, remetida ao Planalto e publicada em edição extra do Diário Oficial, ficou para esta segunda-feira, à tarde.

Vergonha – A liberação do dinheiro que pode, literalmente, salvar vidas, foi adiada por pelo menos quatro dias para manter a folga dos parlamentares.

Atraso de vida – O presidente interino do Senado, Antonio Anastasia (PSDB-MG), jogou a toalha na sexta, e marcou a votação – virtual – para hoje. Ver para crer.

Ele não abriu mão – A eleição de Davi Alcolumbre como presidente ocorreu em sessão presencial, num sábado. Mas o povo pobre, por certo, pode esperar.

Deputados gastam r$ 77,3 milhões com aspones – O salário dos deputados federais é de R$33,7 mil e têm mais cerca de R$ 45 mil a título de “cota parlamentar”, mas o grosso do gasto mensal é com a tropa de aspones que os circundam e custam R$ 77,3 milhões, segundo o portal OPS. Cada gabinete funciona como uma empresa à disposição do deputado e o custo chega a R$ 265 mil mensais com os salários de até 25 secretários parlamentares, além de outros benefícios.

Empresa parlamentar – Campeão de gastos com aspones, o deputado André Abdon (PP-AP) torra mensalmente R$ 264,9 mil mensais com sua “pequena empresa”.

Tem para todos – Cada um pode ter 25 assessores ativos, mas a professora Marcivânia (PCdoB-AP) apostou na rotatividade e sua equipe já teve 55 nomes.

Mercado de aspones – Em pouco mais de um ano, os 509 deputados investigados pela OPS já tiveram exatos 12.096 assessores, entre os atuais e quem foi demitido. 

Crédito: Cláudio Humberto/ Diário do Poder – disponível na internet 30/03/2020

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