Bolsonaro debaterá com governadores o veto ao aumento salarial e fala que ”Vai faltar dinheiro para pagar o servidor público’

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Bolsonaro debaterá com governadores o veto ao aumento salarial a servidor

O presidente Jair Bolsonaro afirmou na noite desta quinta-feira (14/05) que está pré-acertado com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, uma videoconferência juntamente com governadores do país para decidir sobre o veto ou não do congelamento de salários de servidores públicos até o dia 31 de dezembro de 2021. Segundo ele, o encontro virtual poderá ocorrer na semana que vem. 
 
“Tive hoje uma videoconferência com o pessoal da Fiesp, conduzida pelo Paulo Skaf. Os empresários vêm demonstrando preocupação de que a economia está se estagnando e estão buscando uma maneira de começar a abrir o comércio, logicamente com responsabilidade. Conversei com o Rodrigo Maia de tarde por alguns minutos sobre a questão da sanção ou veto do projeto de socorro a municípios onde entra a questão de congelar ou não o salário dos servidores até 31 de dezembro do ano que vem. O que ficou pré-acertado, deixo bem claro, pré-acertado, ele pretende, juntamente comigo, fazermos uma videoconferência com os governadores de todo o Brasil e ali sair um compromisso no tocante a possível veto ou não de artigos desse projeto”.
 
Bolsonaro disse ainda que ‘quase todos’ os governadores e prefeitos já estão no limite do contracheque de pagamento de servidores.
 
“Está todo mundo preocupado com a questão de gastos, pelo que me consta, acho quase todos os prefeitos e governadores, quase todos estão no limite da responsabilidade fiscal no tocante à gasto com servidor. Então, tendo em vista que a nossa economia logicamente sofreu um solavanco muito forte, a arrecadação está caindo em todas as áreas e nós, qualquer um chefe do Executivo, quer seja eu, governadores e prefeitos, terão dificuldade em conceder qualquer reajuste para servidor. Então o que o Rodrigo Maia demonstrou pra mim é buscar, eu e ele, estamos falando a mesma linguagem nessa área, é buscar um entendimento numa videoconferência com os governadores não para lockdown, mas para começar a abrir o comércio”, disse o chefe do Executivo.
 
Segundo ele, na semana que vem começam os pagamentos da segunda parcela do auxílio emergencial. “Tem também uma terceira parcela, nós acreditamos que a União não tem como continuar pagando isso porque o endividamento está grande e obviamente se nós começarmos a agir dessa maneira apenas, sem abrir o comércio, a inflação pode voltar, a taxa de juros que está calma pode voltar a crescer e a economia é crucial para o futuro do nosso Brasil”, reforçou.
 
Bolsonaro voltou a dizer ainda que não existem brigas e ataques entre ele e Maia. “Nós estamos vivendo em paz e harmonia, sem problemas”. 

”Vai faltar dinheiro para pagar o servidor público”, diz Bolsonaro

O presidente Jair Bolsonaro afirmou, na manhã desta quinta-feira (14/5), que o Brasil está se tornando um país de pobres. Ele creditou isso às medidas de restrição praticadas por governadores em meio à pandemia para enfrentamento da doença. O chefe do Executivo citou que mais de 38 milhões de informais já perderam ‘quase tudo’ e que vai faltar dinheiro para pagar servidores públicos. Ele ainda comparou o Brasil com a África e disse que o país está quebrando.

“Vai faltar dinheiro para pagar servidor público, ainda tem servidor, alguns achando que quer ter a possibilidade de ter aumento esse ano e ano que vem. Não tem cabimento. Não tem dinheiro. O Brasil está quebrando e, depois de quebrar, não é como alguns dizem, a economia recupera. Não recupera. Vamos ser fadados a viver um país de miseráveis”, afirmou.
“Como tem algum país da África subsaariana. Nós temos que ter coragem de enfrentar o vírus, está morrendo gente, está. Lamento, mas vai morrer muito, mais muito mais se a economia continuar sendo destroçada por essas medidas. A gente vê o pessoal mais pobre em SP, continua naquela periferia, lá no Rio também continua todo mundo se movimentando. É só na classe média, alta que está tendo esse problema grave do comércio. Tem que reabrir nós vamos morrer de fome. A fome mata”, prosseguiu.
 
O presidente ainda se dirigiu aos líderes estaduais pedindo que repensem as atitudes de enfrentamento ao vírus. Ele afirmou ainda que “está pronto para conversar”. “Um apelo que eu faço aos governadores, reveja essa política eu estou pronto para conversar. Vamos preservar vidas, vamos, mas dessa forma, o preço lá na frente serão centenas de mais vidas que vão perder por conta dessa medida absurda de fechar tudo”, concluiu.
Crédito: Ingrid Soares/Correio Braziliense – disponível na internet 15/05/2020

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