Plano de saúde da Petrobras tem irregularidades graves, diz Castello Branco

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Ao conceder entrevista coletiva nesta sexta-feira (15/5), para comentar os resultados do primeiro semestre da Petrobras, que teve prejuízo recorde de R$ 48,5 bilhões no período, o presidente da empresa, Roberto Castello Branco, revelou que foram identificadas várias irregularidades no plano de saúde da companhia. “Comparando com os planos de estatais, o nosso é 2,5 vezes o custo por vida coberta do Banco do Brasil e 1,5 vez o da Caixa, que não são modelos de eficiência”, disse.
 
Entre as irregularidades, Castello Branco citou 18 condenados da Lava-Jato ainda utilizando o plano de saúde. “Um deles usou R$ 400 mil no ano passado. Dentistas na Bahia recebiam mais R$ 2 milhões”, ressaltou. Segundo ele, também há uma inadimplência de R$ 379 milhões de segurados que não pagavam suas mensalidades, em prejuízo dos demais. “A qualidade é ruim, na ouvidoria é o item mais reclamado, com 2,595 mil queixas”, afirmou.

Novo modelo

Por conta disso, o Conselho de Administração da Petrobras aprovou um novo modelo de gestão para a Assistência Multidisciplinar de Saúde, que passará a ser realizada por uma associação civil, sem fins lucrativos, mantendo a modalidade de autogestão, informou a empresa.
“A mudança deve proporcionar eficiência de custos e segregação de riscos da AMS. Estima-se que haja uma redução de custos da ordem de R$ 6,2 bilhões nos próximos 10 anos. O plano de de implantação e transição será estruturado no próximos meses. Cabe destacar que não haverá alteração do benefício ou da sua abrangência com a transferência para o novo modelo de gestão, que trará ganhos em tecnologia, governança e compliance, em alinhamento às melhores práticas de mercado e de acordo com as exigências da ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar)”, ressaltou em nota.
 
Castello Branco destacou as irregularidades do plano de saúde, após afirmar que o foco da companhia é cuidar da saúde dos nossos colaboradores. “Fizemos testagem total em 25% dos empregados. Apenas 10% estão nos escritórios e 50% nas equipes de operações”, afirmou.
Crédito: Simone Kafruni/Correio Braziliense – disponível na internet 16/05/2020

5 Comentários

  1. Castello Branco não é a personagem adequada para falar da administração da AMS, suas ligações com a Qualicorp são intestinas. Ele está arrobando os ativos da Petrobrás e agora quer meter amão no patrimônio da AMS. Amigo de Guedes , tem um só objetivo, fazer caixa e livrar a cara do ministro que está perdido e levando o país pro buraco. Quanto a Qualicorp é assunto prá polícia Federal, e Castello que se cuide.

    • Muito bem colocado. Aqui em Campinas a intermediária Qualicorp tungou os profissionais credenciados. O filho do guede$bot, ido lucro fictício, ET um extrativista retrógrado egresso da Vale do Rio Doce, das barragens assassinas, etc. Ca$tello, o pirata, é parte do problema.

  2. O CEO da Petrobras não informou, por exemplo que não cumpre a Lei (ANS) e o seu próprio regulamento, quando demora mais de 3 meses para reembolsar despesas incorridas quando optamos, ou somos obrigado a custear elevados valores em procedimentos de grande riscos na modalidade livre escolha, em arrepio a Lei.

    Somente nesse ano tive de capitar empréstimo com juros bancários extorsivos para bancar financeiramente por conta dessa prática, denunciei a Ouvidoria nas três oportunidades, mas saíram pela tangente e nada fizeram. ESSA ESTÓRIA DO CASTELLO ESTÁ MAL CONTADA. É FATO.

  3. Sr Presidente: se a AMS da PETROBRAS tem graves irregularidades, cobre esses ilícitos que citou a sua Ouvidoria, Governança e Conformidade que esta pendurada diretamente à presidência sob seu comando. Não tem sentido mudar o sistema se não estripar os ladrões, corruptos, improbos da empresa. Sua proposta remete a uma famosa sentença do dito popular que consiste em retirar o sofá da sala para resolver o problema.

  4. FAZ SENTIDO A MUDANÇA NO MODELO DE GESTÃO QUE A PETROBRAS QUER INTRODUZIR NO PLANO DE SAÚDE DO SEUS EMPREGADOS E APOSENTADOS?

    Ainda não restou esclarecido os motivos que levaram a Petrobras promover uma mudança radical na forma de pagamento do plano de saúde de aposentados e pensionistas sexagenários, passando de desconto em folha para pagamento em boleto. Parece ser uma armadilha crucial, pois a alteração postulada conduzirá inexoravelmente a perdas de direitos dos aposentados ao plano de saúde AMS, bastando o aposentado deixar de pagar os boletos por mais de dois meses consecutivos, o que não seria difícil de ocorrer com aposentados sexagenários. Tal medida foi revertida em caráter liminar concedida pela Justiça do Trabalho da 1ª Região, em processos movidos pelos Sindicatos dos Petroleiros do Norte Fluminense (Sindipetro-NF) e Duque de Caxias (SINDIPETRO-DC).

    Outra medida em curso faz referencia a uma proposição de mudança do modelo de gestão do plano de saúde da Petrobrás e suas Subsidiárias, passando da gestão direta, através da sua área de Recursos Humanos – RH para a gestão por uma entidade de saúde (fundação). Tal mudança irá impactar significativamente os cofres da empresa e aumentar os custos para seus empregados, aposentados e pensionistas.

    Não devemos levar a sério as declarações do Sr Castello Branco, presidente da Petrobras na entrevista coletiva que concedeu na sexta (15/05/2020) para comentar os resultados do 1T/2020 da Petrobras, dando conta que identificou várias irregularidades no Plano de Saúde da Companhia, comparando as dês seus pares (Banco do Brasil e CEF) que segundo disse não são modelo de eficiência.
    Quanta falácia esta por traz dessas declarações e falta de ética ao qualificar os Planos de saúde do BB e CEF.
    Afirma o CEO da Petrobras ter identificado várias irregularidades na AMS da Petrobras, informando que 18 condenados da Lava Jato ainda utilizam o plano de saúde e que um deles utilizou R$ 400 mil o ano passado e que dentistas da Bahia recebiam mais de R$ 2 milhões e que existe uma inadimplência de R$ 379 milhões de segurados que não pagavam suas mensalidade em prejuízo das demais e que na ouvidoria é o item mais reclamado com 2595 queixas.
    Tudo que foi dito pelo CEO da Petrobras, não merece crédito, pois não tem fundamentação real, pois coloca em cheque a qualidade administrativa dos próprios gestores da Petrobras, considerando que o Plano de saúde da estatal, ainda que sob administração de terceiros, é acompanhada e fiscalizada por empregados graduados da estatal, sob vigilância constante de organismo importante, como Ouvidoria Geral, Governança e Conformidade, diretamente ligado ao Presidente Castello Branco. Neste sentido, o CEO da Petrobras, antes de reclamar da ineficiência da AMS, deveria verificar as suas próprias deficiências internas e reestruturar seus Departamentos de Governança, Conformidade e Ouvidoria.
    Mas, admitindo como verdadeiras as reclamações que relacionou a titulo de irregularidades, cabe os devidos contrapontos, diante dos fatos seguintes:
    O Castello Branco não poderia esquecer que a Petrobras traspôs recentemente uma fase negra quando foi corrompida por todos os lados por dirigentes, funcionários e políticos corruptos, empresários desonestos, operadores, lobistas e aproveitadores de plantão e que a Assistência Multidisciplinar de Saúde (AMS) é controlada pela própria estatal, ainda que administrada por empresa terceirizada.
    Esse departamento foi alvo intenso de corrupção quando foi comandado pelo ex-diretor Corporativo e de Serviços, Antônio Sergio Oliveira Santana, que ocupava a gerência executiva de Responsabilidade Social, com passagem pela Gerencia Executiva de Serviços Compartilhado que controlava o Plano de Saúde (AMS) da Petrobras, ai incluído um importante programa de Benefício Farmácia, que foi palco de corrupção nessa época (2016), através das empresas Hope e a Personal que foram citadas por delatores da Lava-Jato como veículos para pagamento de “comissões” mensais para a empresa JD Assessoria e Consultoria Ltda, do ex-ministro José Dirceu, e também para o ex-diretor de Serviços da Petrobras, Renato Duque, e o ex-tesoureiro do PT, João Vaccari.
    Um dos demitidos pela Petrobras foi justamente o ex-diretor Corporativo e de Serviços, Antônio Sergio Oliveira Santana, que ocupava a gerência executiva de Responsabilidade Social. Santana assumiu a diretoria em fevereiro de 2015, com a licença de José Eduardo Dutra para tratar de um câncer que causou sua morte.
    Segundo publicação na mídia, as fraudes com os contratos envolvendo as duas empresas e o Benefício Farmácia teria causado prejuízo de R$ 300 milhões para a Petrobras. O esquema era bastante complexo, segundo a fonte, e foi cometido por muitas pessoas dentro da Petrobras.
    A Hope é uma das 12 empresas que fazem parte do grupo WRR Participações e Investimentos, que controla a Hope Recursos Humanos e a Hope Serviços entre outras. Junto com a Personal, as empresas do grupo WRR tiveram contratos de R$ 6,48 bilhões com a Petrobras entre 2007 e 2016.
    Até maio de 2018, a Hope e a Personal (gestão de Pedro Parente) ainda tinham contratos ativos com a estatal mesmo depois de terem sido expostas na Operação Lava-Jato em agosto de 2015. Foi quando o ex-ministro José Dirceu foi preso na 17ª fase da Operação Lava-Jato, batizada de “Pixuleco”.
    Como pode agora, quatro anos após esse acontecimentos terríveis que maculou a Petrobras, vir o CEO de a Petrobras alardear que a estatal petroleira esta diante de irregularidade desse “nipe”, mantendo plano de saúde de 18 condenados da Lava Jato, e que um deles utilizou R$ 400 mil o ano passado (seria o Renato Duque, Barusco, ou próprio Antônio Jorge?) e que dentistas da Bahia recebiam mais de R$ 2 milhões (esquema de corrupção não investigado?).
    Sinto afirmar presidente, isso é corrupção das pesadas ainda em curso na Petrobras, não ensejando mudança para um novo plano de gestão para a Assistência Multidisciplinar de Saúde, encarecendo outra tomada de decisão radical, qual seja, a de reformular todo a Governaça e Conformidade e a substituição do Ouvidor Geral, para evitar que a corrupção adentrasse novamente pela porta da frente da Petrobras.
    Quanto a inadimplência de R$ 379 milhões de segurados apregoada no seu discurso, reportando que não pagavam suas mensalidade, não procede, visto que os pagamentos das mensalidades dos segurados, são descontados em folha para a maioria.
    Mais estranho ainda é informar que a ouvidoria é o item mais reclamado com 2595 queixas. Queixa na ouvidoria, infelizmente não traduz em nada, por ser um órgão receptor de demandas totalmente inoperante. As denúncias que adentram a ouvidoria Geral da Petrobras são hibernadas e não respondidas. Tenho posse de dezenas de protocolos naquele órgão sem solução, algumas totalizando mais de dez anos, sem que fossem devidamente tratadas, sem contar que o derradeiro Ouvidor Geral da Petrobras que antecedeu o atual, o Paulo Otto Von Sperling foi assessor do Jose Dirceu, beneficiário do esquema do Petrolão.
    Pelo acima exposto, não faz sentido algum as declarações do CEO da Petrobras como justificativa para implementar um novo modelo de gestão para a Assistência Multidisciplinar de Saúde da Petrobrás e suas Subsidiárias, passando da gestão direta, através da sua área de Recursos Humanos – RH para a gestão por uma entidade de saúde (fundação). Tal mudança irá impactar significativamente os cofres da empresa e aumentar os custos para seus empregados, aposentados e pensionistas, no que servirá sobremaneira a propósito de mega organizações de saúde, do porte de uma saúde Bradesco, Qualicorp ou tantas outras que atuem nesse seguimento.

    A Assistência Multidisciplinar de Saúde (AMS) é um benefício de assistência suplementar de saúde, sem fins econômicos, e de natureza assistencial, criado e instituído desde 1975, através de Acordo Coletivo Trabalho – ACT pactuado entre a PETROBRAS e entidades sindicais representantes dos empregados.

    Por ser um plano de autogestão, não tem fins lucrativos, o que reduz significativamente os seus custos para a empresa e para os seus beneficiários, além de ser o principal benefício da Petrobrás e suas Subsidiárias e instrumento de atração e retenção de seus profissionais.

    A mudança aprovada pelo Conselho de Administração – CA da Petrobrás aumentará significativamente esses custos, pois, a nova entidade de saúde, terá que atender e cumprir uma série de exigências legais, como auditorias externas e constituição de patrimônio próprio, mesmo sendo uma entidade de autogestão.

    Somente para a constituição do patrimônio da nova entidade, a Petrobrás terá que aportar, segundo estudos internos, algo em torno de R$ 4 bilhões, para constituir essa nova entidade.

    Além dessas irregularidades, essa mudança está sendo feita a revelia do que estabelece o atual ACT 2019/2020, na sua Cláusula 30 – Custeio da AMS e no seu parágrafo 14:

    “Cláusula 30- O custeio de todas as despesas com o Programa de AMS será feito através da participação financeira da Petrobras e dos Beneficiários, na proporção de 70% (setenta por cento) dos gastos cobertos pela Companhia e os 30% (trinta por cento) restantes pelos beneficiários, nas formas previstas neste acordo coletivo de trabalho”.

    Mas, o Sr Castello Branco, afora as maldades com os velhinhos aposentados, pensionistas e sua força de trabalho, vem com mais essa proposição sob falaciosa proposição em diminuir riscos e incertezas, como plena preparação da Petrobras para privatização, resolveu beneficiar o andar de cima ao conceder aumento e bonificação a Diretores e gerentes da alta administração, em plena Pandemia, que inclusive, já foi aprova pelo CA da Petrobras.

    Por conta dessa derradeira decisão, publiquei um belo artigo na Rede Linkedin denominado: BONIFICAÇÃO EM EMPRESAS ESTATAIS OU DE ECONOMIA MISTA RECÉM-APARELHADAS E CORROMPIDAS, que recomendo leitura.

    https://www.linkedin.com/pulse/bonifica%C3%A7%C3%A3o-em-empresas-estatais-ou-de-economia-mista-pereira/

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