A AstraZeneca é a farmacêutica responsável pelo projeto de vacina conduzido em parceria com a Universidade de Oxford e que está sendo testada em diversos países, entre eles o Brasil. O acerto ainda não é definitivo, mas cumpre uma etapa que estava sendo aguardada desde que o Ministério da Saúde manifestou a intenção de aderir de fato ao projeto.
Em comunicado, o governo anunciou que investirá R$ 522 milhões na estrutura de Bio-Manguinhos, unidade da Fiocruz capaz de produzir as doses da vacina. A União ainda se comprometeu com um aporte de R$ 1,3 bilhão em pagamentos para a transferência das tecnologias necessárias.
O Ministério da Saúde afirma que a adesão definitiva do Brasil ao projeto será assinada na segunda semana do mês de agosto. Segundo a nota da pasta, a Fiocruz já recebeu da AstraZeneca as informações necessárias para a ampliação de Bio-Manguinhos e colocará seus serviços técnicos à disposição da iniciativa.
A vacina produzida pela fundação será distribuída, diz o comunicado, pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Em entrevista recente à CNN, o secretário de vigilância em saúde, Arnaldo Correia de Medeiros, projetou que 15 milhões de brasileiros possam receber a vacina ainda em 2020, com prioridade para os grupos de mais risco para a Covid-19, como idosos e portadores de doenças pré-existentes.
Bolsonaro
Durante a live semanal desta quinta-feira (30), o presidente Jair Bolsonaro ironizou outro dos projetos mais avançados para uma vacina contra o novo coronavírus. O laboratório chinês SinoVac fechou parceria com o governo de São Paulo e também está realizando testes da imunização no Brasil.
“Nós entramos naquele consórcio lá de Oxford. Pelo que tudo indica, vai dar certo e 100 milhões de unidades chegarão para nós. Não é daquele outro país não, tá ok, pessoal? É de Oxford aí”, disse Bolsonaro.
A China é o principal parceiro comercial do Brasil, mas muito criticado por apoiadores do presidente nas redes sociais, que culpam o país pela disseminação da Covid-19, originada na província chinesa de Wuhan.
Crédito: Guilherme Venaglia, da CNN Brasil – disponível na internet 01/08/2020