É o que mostram os números de uma pesquisa feita pela companhia de imóveis corporativos Cushman & Wakefield. O levantamento entrevistou executivos de 158 empresas que empregam entre 100 e 5.000 funcionários e que ocupam lajes de pelo menos 250 metros quadrados.
Os resultados apontam que 59% dos entrevistados não têm intenção de reduzir ou ainda não têm uma definição sobre reduzir o tamanho dos escritórios com que estão acostumados a trabalhar – para 37%, a decisão de manter o mesmo espaço já é definitiva.
Além disso, 84% disseram que já retornaram ao trabalho no escritório ou pretendem voltar ainda este ano, mesmo que de maneira gradual. Por outro lado, o número dos que pretendem fazer adaptações para comportar o espaço compartilhado de maneira adequada às novas necessidades de distanciamento e higiene geradas pela pandemia também é alto: 69% do total.
As respostas contrastam com um número crescente de empresas, talvez em setores mais específicos como o de tecnologia, que já afirmaram que devem adotar o home office como a prática padrão das jornadas mesmo depois da pandemia.
Nos Estados Unidos, Facebook, Twitter e Slack estão entre algumas que já declararam que o plano é ampliar o trabalho remoto na rotina de maneira mais definitiva.
No Brasil, a XP Investimentos, que ocupa um edifício na avenida Faria Lima no centro financeiro de São Paulo, divulgou ainda em maio que também planejava ampliar o home office para além do período de isolamento e rever a função dos escritórios. A ideia seria transforma-los mais em um espaço de convivência e encontros do que um destino diário para o cumprimento de todas as funções.
Crédito: CNN Brasil Business – disponível na internet 21/10/2020