Butantan diz que foi ‘surpreendido’ com interrupção de testes da Coronavac

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Em nota divulgada na noite desta segunda-feira (9), o Instituto Butantan se disse “surpreendido” com a decisão da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em interromper a fase 3 de testes da Coronavac. Os estudos foram suspensos devido à ocorrência de um evento adverso grave em um dos voluntários do Brasil.

No comunicado, o instituto afirmou que “está apurando em detalhes o que houve com o andamento dos estudos clínicos” da vacina chinesa contra o novo coronavírus, que causa a Covid-19.   

“O Butantan informa ainda que está à disposição da agência reguladora brasileira para prestar todos os esclarecimentos necessários referentes a qualquer evento adverso que os estudos clínicos podem ter apresentado até momento”, acrescenta a nota oficial. 

Nesta terça, uma coletiva de imprensa está prevista às 11h na sede do instituto para comentar o caso.

Também em nota oficial, o governo de São Paulo lamentou a forma como a comunicação da suspensão foi conduzida. 

“O governo de São Paulo, através do Instituto Butantan, lamenta ter sido  informado pela imprensa e não diretamente pela Anvisa, como normalmente ocorre em procedimentos clínicos desta natureza, sobre a interrupção dos testes  da vacina Coronavac”, diz o comunicado. “O Butantan aguarda informacões mais detalhadas do corpo clínico da Anvisa sobre os reais motivos que determinaram a paralisação”.

Em entrevista à TV Cultura, o diretor do Butantan, Dimas Covas, disse que houve uma morte entre os voluntários da pesquisa, mas, segundo ele, o caso não tem relação com a os testes da vacina. Ele pediu esclarecimentos à Anvisa sobre a ordem de interrupção.

Suspensão de testes

Nesta segunda-feira, a Anvisa informou que “após ocorrência de evento adverso grave” ocorrido em 29 de outubro decidiu interromper is testes da Coronavac “para avaliar os dados observados até o momento e julgar sobre o risco/benefício da continuidade do estudo”.

Em nota, o órgão afirma que “esse tipo de interrupção é prevista pelas normativas da Anvisa e faz parte dos procedimentos de Boas Práticas Clínicas esperadas para estudos clínicos conduzidos no Brasil”.

Crédito: Por Diego Freire, da CNN -@internet 10/11/2020


Profissional de saúde segura caixa da Coronavac, vacina contra Covid-19 da chinesa Sinovac, durante testes
@Diego Vara /Reuters

Governo de SP diz que primeiras doses da Coronavac chegam no dia 20 de novembro 

O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), comunicou nesta segunda-feira (9) que as primeiras doses da vacina Coronavac devem chegar ao estado no dia 20 de novembro.

O imunizante chinês da Sinovac contra o coronavírus será produzido no Brasil pelo Instituto Butantan.

Segundo o governador, no dia 20 São Paulo receberá o primeiro lote de 120 mil doses, de um total de 6 milhões de doses do imunizante. A chegada do material foi autorizada pela Anvisa.

 

Doria afirmou que as doses só serão aplicadas com autorização da Anvisa e quando os testes estiverem concluídos.

A quantidade total, de 6 milhões de doses, deve ser completada até o dia 30 de dezembro.

Fábrica de vacina

O governador também informou que começaram as obras para a construção da fábrica no Butantan que produzirá as vacinas da Coronavac contra o coronavírus.

Segundo Doria, o investimento partirá da iniciativa privada e a previsão da conclusão é para 10 meses, em setembro de 2021. A capacidade de produção será de 100 milhões de doses por ano.

Crédito:Bruna Macedo, da CNN – @internet 10/11/2020

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