Lula anuncia amanhã um aumento médio de 40%, a partir de março, para auxílios pagos para mestrado, doutorado e iniciação científica

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@reprodução da internet/posgraduando

Lula anuncia quinta-feira reajuste de bolsas de pós-graduação; veja o que muda

Aumento médio deve ser de 40%, a partir de março, para auxílios pagos para mestrado, doutorado e iniciação científica

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vai anunciar nesta quinta-feira, 16, um reajuste médio de 40% das bolsas de pós-graduação do País, cujo valor é o mesmo desde 2013. Segundo o Estadão apurou, o aumento, que passa a valer a partir de março, será diferente para cada categoria de auxílio. 20

Mestrado e doutorado, por exemplo, devem ter os 40%, mas a bolsa de iniciação científica para o ensino médio pode mais que dobrar (hoje é de R$ 100). A medida foi prometida desde a transição e o governo vinha sendo cobrado por estudantes e pesquisadores pela demora.

Atualmente, os auxílios de pós-graduação são de R$ 1,5 mil para mestrado e R$ 2,2 mil para doutorado. Eles devem ficar em R$ 2,1 mil e R$ 3,3 mil, respectivamente. Bolsas de pós-doutorado, de cerca de R$ 5 mil, devem ter um reajuste menor. Não há previsão para aumento para médicos residentes, cujos auxílios foram reajustados em 2022.

Lula fez questão de anunciar o pacote, que pode ainda incluir um aumento no número de bolsas no País, para relacionar uma valorização da educação e da ciência diretamente ao seu governo. O evento deve ser às 15 horas, mas a agenda de quinta-feira do presidente ainda não foi divulgada.

Só para os reajustes de mestrado e doutorado, a previsão de investimento é de R$ 1 bilhão, que virá de remanejamentos do orçamento da União, segundo o Estadão apurou. A medida engloba os orçamentos do Ministério da Educação (MEC) e do Ministério da Ciência e Tecnologia, com aumentos nas bolsas da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPQ).

Atualmente, são cerca de 200 mil bolsistas na Capes, o que inclui também professores em programas de formação, e 77 mil no CNPQ, de várias áreas do conhecimento.

Perdas

A Associação Nacional de Pós-Graduandos (ANPG)pedia um reajuste de 75% para todas as bolsas, para compensar as perdas com a inflação dos últimos anos, mas comemorou a definição do anúncio. De acordo com estudos da entidade, desde 2013 o salário mínimo quase dobrou de valor, enquanto os auxílios continuaram os mesmos. “A gente reconhece a conjuntura econômica pesada, mas pede que também seja anunciado um plano de outros reajustes no curto prazo. Esse precisa ser apenas o primeiro”, diz o presidente da ANPG, Vinícius Soares. Segundo ele, a associação vai também reivindicar direitos trabalhistas para os bolsistas.

No fim do ano passado, o Estadão revelou que os bolsistas ficariam sem receber em dezembro, depois que o Ministério da Economia do governo de Jair Bolsonaro (PL) promoveu um bloqueio nos limites orçamentários e financeiros de todos os ministérios. Após pressão da Justiça e da repercussão negativa na imprensa, os auxílios foram pagos. Universidades, como a USP, chegaram a liberar gratuitamente o restaurante para os alunos de pós graduação.

Crédito:  Renata Cafardo / O Estado de São Paulo – @ disponível na internet 15/02/2023

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