Lula, Alckimin e Pacheco na FIESP defendem a indústria brasileira

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@reprodução fiesp

EXECUTIVO E LEGISLATIVO JUNTOS DEFENDEM A INDÚSTRIA

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, o vice-presidente e ministro da Indústria, Desenvolvimento, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin, e o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, participaram do encerramento do evento do Dia da Indústria

O encerramento do evento do Dia da Indústria, na sede da Fiesp, nesta quinta-feira (25/5), foi marcado pela presença maciça de membros do Executivo e do Legislativo. Em uníssono, fizeram a defesa da recuperação do protagonismo do setor industrial no Brasil. A adoção de uma política industrial ativa, competitiva e moderna, que leve em conta os avanços tecnológicos e a necessidade da transição energética permeou os discursos finais, bem como os painéis técnicos.

Em defesa da indústria, o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, voltou a criticar a Selic e disse ser “uma excrescência nos dias de hoje termos uma taxa de 13,75%” – a inflação está em pouco mais de 4%. E acrescentou que tomar empréstimos a essa taxa é inviável para qualquer empresa, de qualquer segmento econômico.

Lula ressaltou a importância do crescimento da indústria para fortalecer a classe média, gerar empregos que paguem salários melhores e estimular o consumo da classe trabalhadora. “Para ter um país forte, uma indústria forte, é preciso ter trabalhadores fortes, ganhando salários justos e sendo consumidores das coisas que eles produzem”, disse Lula.

O agronegócio também teve lugar na fala do presidente. Ele afirmou que o crescimento do setor não é incompatível com o crescimento da indústria de transformação, podendo, inclusive, ser um importante comprador. “Queremos que a exportação (do agro) continue crescendo, o que não atrapalha a nossa indústria. Para que o agronegócio seja mais competitivo, vai precisar comprar mais máquinas da indústria e ter mais acesso à ciência e tecnologia”, disse o presidente.

A exemplo do que fez na abertura do evento, o presidente da Fiesp, Josué Gomes da Silva, conclamou a imprensa a abraçar a causa da indústria e propagar para a sociedade a importância do setor para o futuro do país.

“A indústria perdeu seu dinamismo, tão necessário para recuperar a economia. Infelizmente, nas últimas quatro décadas a indústria encolheu e definhou”, disse. Josué citou as estimativas de PIB per capita para o Brasil caso o país tivesse crescido na média mundial: “Teríamos hoje o equivalente ao PIB per capita de Portugal, de US$ 23 mil.

Grande parte do trabalho de recuperação da indústria, na visão do presidente da Fiesp, passa pela aprovação definitiva do novo regime fiscal, mas também pela queda dos juros. “O câmbio está ajustado e a Reforma Tributária vai corrigir o problema fiscal brasileiro, mas os juros deverão cair. E isso precisa ocorrer rapidamente, para não envergonhar os membros do Copom (Comitê de Política Monetária do Banco Central)”, pontuou.

O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, ressaltou a importância do diálogo e do entendimento e que a recente aprovação do novo regime fiscal confirma esse viés de construção coletiva, que deverá acontecer também com a Reforma Tributária. “Ela vai proporcionar um salto de eficiência, com a redução do Custo Brasil, a simplificação dos impostos e oferecer benefícios à exportação”.

O diálogo estabelecido entre os poderes foi destacado pelo presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco, que afirmou ser a aprovação da Reforma Tributária “um dever cívico e compromisso do Congresso Nacional”. Mas, segundo ele, não basta a harmonia entre os três poderes, é fundamental ouvir aqueles que produzem no Brasil. Por isso, ele reuniu na residência oficial do Senado representantes de diversos setores econômicos, entre eles o presidente da Fiesp, e do Executivo e Legislativo esta semana: “Há um entendimento de que temos de nos dar as mãos para fazermos os enfrentamentos devidos para nos tornarmos uma grande nação.”

Já o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, comemorou a estabilidade dos indicadores macroeconômicos, que já respondem favoravelmente, e vê com otimismo o encaminhamento da Reforma Tributária. “O Congresso está maduro e a sociedade ansiosa para ter diante de si algo que dê segurança jurídica para os investidores e para a base fiscal do Estado”. Por fim, Haddad reiterou a importância do setor industrial para o país. “Nós queremos apoiar a indústria, sabemos do papel da indústria para o desenvolvimento nacional”, afirmou.

Para assistir ao evento na íntegra, clique aqui.

Crédito: Alex de Souza, Agência Indusnet Fiesp – @ disponível na internet 26/05/2023

Antes de discursar, Lula passou a palavra a Mercadante e a Alckmin
RICARDO STUCKERT / Flickr Lula Oficial / Divulgação

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