Justiça determina novas prisões em esquema de venda ilegal de ingressos da Rio 2016

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A Justiça do Rio de Janeiro determinou a prisão de quatro diretores da empresa THG, sob acusação de fazer parte de um esquema de venda de ingressos irregular nos Jogos de 2016, informou nesta segunda-feira a polícia.

A polícia não revelou o nome dos executivos, mas disse que os quatro teriam envolvimento direto no esquema de cambismo revelado no dia da abertura da Olimpíada.

Segundo a polícia, os mandados foram expedidos pelo Juizado Especial do Torcedor e dos Grandes Eventos, mas os quatro diretores ainda não foram detidos porque estão fora do Brasil.

Outros dois representantes da THG, Kevin James Mallon e Barbara Carnieri, já tinham sido presos por decisão judicial.

“Em prosseguimento às investigações que resultaram na prisão de Kevin James Mallon e Barbara Carnieri no último dia 5, a unidade identificou o envolvimento de outras quatro pessoas no esquema internacional de cambismo, todos diretores da empresa inglesa THG”, informou a Polícia Civil do Rio.

“Com base nas provas reunidas, o delegado (responsável pelo caso) representou pela prisão dos quatro diretores, medida que foi deferida pela Justiça brasileira”, complementou a polícia.

Kevin Mallon, diretor da THG, e Barbara Carnieri foram presos em flagrante no dia 5 de agosto, após um trabalho de inteligência realizado pelo Núcleo de Apoio a Grandes Eventos  da Polícia Civil.

Na primeira  ação, os policiais civis apreenderam mais de 1.000 ingressos que eram comercializados por valores elevados.

“O caso não tem nenhuma participação do Comitê (Rio 2016), que está colaborando com as investigações”, disse à Reuters o chefe da Polícia Civil, Fernando Veloso.

A THG afirmou, em comunicado divulgado após a decisão da Justiça nesta segunda-feira, que está “extremamente preocupada” com a denúncia e que já deixou claro que as acusações não têm qualquer fundamento. Segundo a empresa, os ingressos encontrados com funcionários da companhia não seriam revendidos por preços acima do valor, apenas seriam entregues a seus compradores.

“Parece que o comitê organizador local (Rio 2016) e as autoridades locais têm uma agenda de impedir as atividades legais da THG de forma a apoiar as atividades da empresa aprovada localmente para fornecer os serviços de hospitalidade”, disse a THG.

Em 2014, a empresa THG teve seu CEO James Sinton preso pela Polícia Civil, envolvido na “máfia dos ingressos” da Copa do Mundo de 2014.

Crédito: Reuters Brasil – disponível na web 16/08/2016

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