Sem Serra, Itamaraty é esvaziado e perde Camex, que volta ao MDIC.

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Tão logo o senador José Serra (PSDB-SP) deixou o Ministério das Relações Exteriores, que será comandado por Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP), a pasta foi esvaziada. O presidente Michel Temer decidiu retirar do órgão o comando da Câmara de Comércio Exterior (Camex), que voltou para o guarda-chuva do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, ao qual sempre esteve vinculada.

A retirada da Camex do MDIC gerou muita confusão no governo, mas Temer decidiu entregar o órgão ao Itamaraty para satisfazer a vontade de Serra, que não abria mão de formular a política de comércio exterior do país, funcionando como um contraponto ao Ministério da Fazenda e ao Banco Central.

A confusão foi tamanha, que a Camex demorou mais de seis meses para tomar uma decisão. A demora em pareceres criou uma grande ansiedade entre o empresariado, devido ao risco de o país abrir espaço para concorrência desleal de produtos estrangeiros. Um dos casos mais polêmicos foi o dos sacos de juta, usados para embalar café. O país correu o risco de ser inundado do produto fabricado na Índia e em Bangladesh.

De volta do MDIC, a composição da Camex foi ampliada (veja reprodução acima do Diário Oficial da União). O conselho decisório passou a contar com o Ministério dos Transportes. O secretário executivo passará a ser indicado pelo MDIC.

Sem saber da mudança, a atual secretária executiva da Camex, Tatiana Rosito, que foi indicada por Serra, viajou para Paris, na sexta-feira, acompanhada de um assessor. Eles estão participando da reunião do Comitê de Investimentos da Organização para a Cooperação do Desenvolvimento Econômico (OCDE).

Crédito: Blog do Vicente/Correio Braziliense – disponível na internet 07/03/2017

 

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