Funcef faz auditoria em FIPs investigados na Operação Greenfield.

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A Funcef, o fundo de pensão dos empregados da Caixa Econômica Federal, iniciou um processo de auditoria interna nos oito fundos de investimento em participação (FIPs) dos quais é acionista e que são investigados pelo Ministério Público Federal (MPF) e pela Polícia Federal (PF) na Operação Greenfield. Além desse trabalho, a entidade fechada de previdência complementar substituiu o gerente jurídico e passou a figurar no polo ativo, ao lado do MPF, em todos os processos que tratam desse tema.

Para evitar que novas aplicações dificultem atingir a rentabilidade desejada, a fundação alterou os processos de análise de investimentos, desde a chegada da proposta, passando pela análise até a recusa ou aprovação do negócio. Para isso, houve revisões nas etapas de prospecção, na avaliação do retorno sobre o risco e padronização dos modelos jurídicos. A Funcef também definiu que uma equipe técnica acompanhará os investimentos sob investigação para monitorar as informações e definir estratégias que serão adotas para recuperar os recursos aplicados.

A entidade não descarta ingressar na Justiça para reaver parte dos possíveis prejuízos acumulados com as aplicações investigadas na Operação Greenfield. Além disso,  nos primeiros 50 dias da nova gestão, contratos de prestação de serviços foram revisados e isso proporcionará uma economia de R$ 10 milhões em custos administrativos. Com isso, os gastos anuais da Funcef diminuirão de R$ 150 milhões para R$ 140 milhões. A fundação ainda reforçou os contatos com a Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc) para adequar os processos de compliance (agir em sintonia com as regras).

Além de buscar soluções para os possíveis prejuízos acumulados com as supostas fraudes investigadas pelo MPF e pela PF, a Funcef se prepara para executar o novo equacionamento do deficit registrado pela fundação em 2015. Uma reunião com a Caixa foi agendada para discutir como será esse processo.

Foi definida também a criação de um grupo de trabalho, com representantes da fundação e da patrocinadora, para elaborar propostas para ganhos de eficiência, economia de recursos e aumento da agilidade na gestão e no atendimento. Serão definidos ações, prazos, impactos e resultados a serem alcançados.

Crédito: Antônio Temóteo/Blog do Vicente/Correio Braziliense – disponível na web 05/11/2016

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