O maior risco que uma empresa pode correr é manter em seu quadro colaboradores, seja em que nível for, que não tenham uma formação e uma cultura adequada ao mundo atual onde as exigências pela busca constante da excelência é uma questão de sobrevivência.
Em muitas empresas que visitamos procuramos identificar, antes da parte técnica, os valores individuais das pessoas que atuam e são responsáveis diretos pela produção dos resultados do negócio. Esta prática tem um único objetivo que é identificar aqueles que realmente estão adequados as exigências comportamentais do mercado e aqueles que – independentemente de suas qualificações – esbanjam mau caratismo.
Recentemente visitamos uma empresa líder em seu segmento onde encontramos os dois tipos de pessoas. Mas, o mais incrível é que a empresa inteira sabia identificá-los, mas ninguém assumia a responsabilidade de enfrentar a situação de demitir aqueles que contaminavam e empresa com atitudes, no mínimo, questionáveis.
Caros amigos, dizer que hoje é fundamental nos cercarmos de pessoas excelentes é dizer o óbvio. Mas, o que algumas empresas precisam aprender é que pessoas excelentes não podem ser excelentes apenas na parte técnica, mas sim comportamental. Hoje não falamos mais em “eu” mas em “nós”, em equipes, e um único colaborador pode minar toda a empresa, principalmente se nada acontece mesmo quando todos sabem do seu caráter. “Ofende os bons quem poupa os maus”.
Se falarmos de líderes então… Liderar é dar o exemplo de honestidade, seriedade, profissionalismo, companheirismo, é sair na frente. Quando um Líder protege, não assume responsabilidades, se acha “deus”, todos os seus comandados farão o impossível para se livrarem das suas garras o mais rápido possível e aí a qualidade vai ficar em segundo plano.
Lembre-se. Pessoas seguem líderes, não idéias.
Hoje, empresas e pessoas precisam aprender que só há uma maneira de sobreviver. Empresas precisam de equipes vencedoras. Pessoas precisam saber conviver em equipes vencedoras. Se uma empresa mantém em sua equipe um colaborador desagregador, bajulador, fofoqueiro, arrogante…como espera que o restante da equipe se comprometa e se envolva cada vez mais nos seus objetivos? Se uma pessoa não consegue conviver, ter empatia com seus pares, como espera vencer nesta selva corporativa.
Olhe para dentro da sua empresa e veja se não é fácil identificar os dois perfis. Mas não se esqueça de se olhar no espelho e se auto avaliar. Muitas vezes dizemos que a empresa em que atuamos é ruim quando na verdade “eu” quero que a empresa ande do “meu” jeito e pouco me importa os seus valores, a sua cultura e seus objetivos.
Comportamento não se ensina, vem de berço. Técnicas podemos todos aprender.
Artigo publicado no adminstrador.com – disponível na internet 03/01/2018
Nota: O presente artigo não traduz necessariamente a opinião do ASMETRO-SN. Sua publicação tem o propósito de estimular o debate dos problemas brasileiros e de refletir as diversas tendências do pensamento contemporâneo.
