Sem espaço em 2024, negociação com servidores da educação avança pouco

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Professores e técnicos de universidades pedem reajuste salarial ainda neste ano, mas governo não vê espaço orçamentário

Cerca de 20 dias após o governo federal apresentar sua proposta de reajuste salarial para professores de universidades e institutos federais e servidores técnico-administrativos, as negociações pouco avançaram. O governo propôs 9% de reajuste em 2025 e 3,5% em 2026. Para este ano, a posição segue firme de que não há espaço orçamentário para aumento algum.

Como mostrado pelo Metrópoles, as entidades têm consultado as bases sobre a oferta e apresentado contrapropostas demandando algum percentual de correção ainda em 2024.

No caso dos professores, uma das entidades, a Federação de Sindicatos de Professores e Professoras de Instituições Federais de Ensino Superior e de Ensino Básico Técnico e Tecnológico (Proifes) pediu 3,5% de reajuste a ser pago a partir de setembro deste ano, além de 9,5% em janeiro de 2025 e mais 4,0% em janeiro de 2026.

 

As conversas ocorrem na Mesa Específica e Temporária da Educação, que reúne representantes dos servidores, do Ministério da Educação (MEC) e do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI), sendo que o último coordena a mesa.

Ainda não há data prevista para a próxima reunião acontecer, pois o agendamento depende da devolutiva de todas as entidades envolvidas.

 
Engajamento do MEC
 

Servidores da educação defendem um engajamento maior por parte do MEC e do ministro Camilo Santana na pauta. O presidente do Proifes, professor Wellington Duarte, disse ao Metrópoles que o titular da pasta poderia adotar uma postura “mais assertiva”.

“Eu queria que o Camilo (Santana) enxergasse a educação superior de uma forma mais contundente, a importância do docente do ensino superior para o desenvolvimento do país. Não é só questão de custo, mas saber o que nós poderemos ser no futuro para o país. E aí eu acho que o Camilo poderia ser mais assertivo em relação a isso”, disse Duarte.

Uma fonte da pasta, sob reserva, salientou que o ministro tem se esforçado na pauta. “A proposta tem insuficiências, mas foi dobrada”, ressaltou.

Anteriormente, o governo havia proposto 4,5% de reajuste em 2025 para todo o funcionalismo, mas retirou a proposta em prol da negociação com cada categoria.

Os servidores da educação receberam, então, a oferta de reajuste de 9% no próximo ano.Nas últimas semanas, o ministro foi ao presidente Lula (PT) tratar especificamente das demandas dos servidores da área educacional, incluindo a reestruturação nas carreiras.

Sobre as críticas de que foram dados reajustes para forças policias, como agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF), que atuaram no bloqueio de rodovias federais no segundo turno das eleições de 2022, aliados de Camilo dizem que a ordem de grandeza é diferente, pois o quantitativo de servidores da educação é muito maior, em torno de 450 mil.

Crédito: Flávia Said /Metrópoles – @ disponível na internet 8/5/2024

1 Comentário

  1. Me disculpe os professores já ganham muito. Eu vejo nós instituição federais que mesmo com ekes doutorado não vejo nenhumas pesquisas. Agora os técnicos em áreas específicas ganham o mesmo que um assistente administrativo. As carreiras dos TAES da educação está com salários baixos. As vistas que outros poderes Legislativo, Justiciario os salários são altos. Agira Lula que fazer 100 instituição federais enquanto isso teria que reformilizar as que existe. Vá ser gasto e mas gasto. Infelizmente votei no Lula. Eu técnico em Mecânica em área e este salários hoje baixos.

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